Michael Madsen, conhecido por seus papéis em filmes dirigidos por Quentin Tarantino, morreu aos 67 anos nesta quinta-feira, 3 de julho. O ator foi encontrado morto em sua residência, na cidade de Malibu, Califórnia, após uma chamada feita ao serviço de emergência local.
Segundo a imprensa americana, os agentes de Madsen confirmaram que a causa da morte foi uma parada cardíaca. A polícia de Los Angeles, que investiga o caso, informou que não há indícios de crime.
Com mais de quatro décadas de carreira, Madsen se destacou por interpretar homens duros, perigosos e emocionalmente contidos. Seu papel como Mr. Blonde, em “Cães de aluguel” (1992), o levou ao centro da cultura pop dos anos 1990.
A cena em que seu personagem tortura um policial ao som de “Stuck in the middle with you”, do Stealers Wheel, é lembrada até hoje. Foi também o ponto de partida de uma colaboração duradoura com Tarantino, que incluiu outros três filmes. Após “Cães de aluguel”, Madsen voltou a trabalhar com Tarantino em “Kill Bill Vol. 1” (2003) e “Vol. 2” (2004), como Budd, irmão de Bill.
Nos anos seguintes, o ator foi escalado para “Os oito odiados” (2015), em um papel menor, mas expressivo. Sua última participação com o diretor aconteceu em “Era uma vez em… Hollywood” (2019), reforçando a longa parceria entre os dois. Tarantino costumava citar Madsen como um de seus colaboradores mais intuitivos e confiáveis no set.
Mesmo com reconhecimento limitado fora do circuito de cinema policial, Madsen manteve uma agenda ativa com filmes independentes. Segundo seus agentes, ele havia terminado três produções: “Resurrection Road”, “Concessions” e “Cookbook for Southern Housewives”. Além da atuação, ele cultivava um interesse constante por poesia, com livros publicados nos Estados Unidos.
A assessora Liz Rodriguez afirmou que ele estava prestes a lançar “Tears For My Father: Outlaw Thoughts and Poems”. Uma figura recorrente em gêneros de ação e crime Madsen participou de dezenas de produções nos anos 1980 e 1990, com destaque para “Thelma & Louise”, “Sin City” e “Donnie Brasco”. Ele também emprestou sua voz para games e fez aparições esporádicas na televisão, incluindo papéis em séries policiais.
Seu estilo visual — voz rouca, olhar cansado e porte de durão — virou uma assinatura reconhecível em filmes de gênero. Apesar de geralmente escalado como vilão, Madsen dava a seus personagens uma certa melancolia, que o tornava mais humano. Michael Madsen era casado com DeAnna Morgan e pai de seis filhos, entre eles o ator Christian Madsen, de “Palo Alto” e “Divergente”.
Nos últimos anos, enfrentou desafios pessoais e buscava reencontrar equilíbrio na vida profissional e familiar. Sua morte gerou homenagens de colegas e fãs, principalmente nas redes sociais ligadas ao cinema cult e ao trabalho de Tarantino. Mesmo com altos e baixos, Madsen manteve um lugar fixo na memória de quem acompanhou o cinema dos últimos 30 anos.
No canal Minha Vida em Vinil fizemos uma análise sobre o filme Cães de Aluguel e sua trilha sonora. Confira abaixo:
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