Pink Floyd está em “negociações avançadas” com a Sony Music para vender seu vasto catálogo musical, uma transação que pode chegar à marca de 500 milhões de dólares, segundo informações do Financial Times.
A possível venda envolveria os maiores sucessos da banda, que marcaram as últimas cinco décadas, incluindo clássicos como “Money,” “Wish You Were Here” e “Another Brick in the Wall.” Contudo, apesar das negociações estarem em andamento, o jornal alerta que não há garantias de que um acordo seja concretizado, dada a complexidade e os impasses enfrentados em tentativas anteriores.
Essa movimentação no mercado da música ocorre após declarações de David Gilmour, guitarrista e vocalista da banda, em entrevista à Rolling Stone. Ele comentou que vender o catálogo seria um “sonho”, mencionando também o desejo de sair do que ele chamou de “banho de lama” — uma provável referência às tensões de longa data com Roger Waters, ex-companheiro de banda. Em 2023, Gilmour chegou a descrever Waters como “misógino, antissemita e apologista de Putin”, acentuando a complicada relação entre os dois.
As conversas sobre a venda do catálogo começaram em 2022, mas foram interrompidas devido a conflitos internos e às declarações polêmicas de Waters, particularmente relacionadas à Ucrânia e a Israel. Na época, a Sony estava entre os potenciais compradores, ao lado de outras grandes empresas do setor, como Warner Music, BMG e Hipgnosis.
A Sony Music, inclusive, tem um histórico significativo de adquirir catálogos de artistas consagrados por valores impressionantes. Entre os exemplos mais recentes, destacam-se a compra do catálogo de Bruce Springsteen por cerca de 500 milhões de dólares em 2021, e a aquisição dos direitos do catálogo e da imagem do Queen, em um acordo de 1,27 bilhão de dólares em 2023.
Enquanto as negociações sobre a venda do catálogo do Pink Floyd avançam, David Gilmour segue ativo em sua carreira solo. Recentemente, ele lançou seu novo álbum, Luck and Strange, e se prepara para uma turnê limitada pelos Estados Unidos, Europa e Reino Unido. Em uma entrevista de divulgação do álbum, Gilmour afirmou que este é “o melhor disco que fiz desde 1973, quando The Dark Side of the Moon foi lançado.”
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