O Deep Purple reaparece nos holofotes com o seu novo álbum de estúdio, marcado como o primeiro a contar com Simon McBride assumindo as guitarras.
O vigésimo terceiro trabalho dos veteranos e o quinto produzido com Bob Ezrin pode surpreender, seja de modo bom ou ruim. É perceptível que o peso do tempo atingiu (em cheio) a voz de Ian Gillan. Aliás, Ian Paice mostra-se impecável, apesar de não haver a agilidade que todos os fãs da banda conhecem.
Contudo, nada disso tira o brilhantismo da banda. Mesmo que ainda há uma certa saudade de Blackmore, Lord e (por incrível que pareça) Steve Morse.
Para definir, o título pode alcançar o número 1, mas há momentos em que seria melhor adotar um tom mais moderado. Destaco como um ponto fraco do álbum a faixa A Bit On The Side, com um solo de orgão de Don Airey que não cativa, que parece que se arrastar, depois da impulsão de Show Me que abre o álbum.
Faixas
Sharp Shooter aproxima-se bastante dos tempos de Come Taste The Band, quando Tommy Bolin assumia as guitarras menos pesadas e mais suingadas do grupo. Old-Flanged Thing é estrondosa com Don Airey mostrando que pode sim assumir com maestria o lugar de Lord. E sim, este cargo é pesado e há de ter muita bola para assumir.
São 13 faixas (onde metade merecem estar em um Greatest Hits do grupo) que nos faz pensar de onde vem todo o fascínio pelo Deep Purple. Sejam os riffts ou aquele saudosismo pela década de 1970, onde eles eram tão Reis quanto Led Zeppelin ou Black Sabbath.
Mesmo que o tempo esteja pesando, ainda há aquela faísca, o que nos deixa esperançosos para que voltem a ser uma potência gigantesca. O que, cá entre nós, deixou a desejar nos antecessores Turning To Crime, Whoosh! e InFinite.
Em conclusão: =1 entrega de modo direto que o Deep Purple está vivo, de certo modo animado e na ativa.
Deixe um comentário