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A história do Metallica: Do pioneirismo thrash metal até os dias atuais

Tempos difíceis: ‘Some Kind of Monster’, ‘St. Anger’ e a entrada de Robert Trujillo

Os dias difíceis pareciam ter voltado e a gravação do documentário ‘Some Kind of Monster’ e do álbum ‘St. Anger’ expôs ao mundo as brigas internas da banda. O documentário, lançado em 2004, capturou momentos de tensão e vulnerabilidade enquanto os membros da banda navegavam por conflitos pessoais e criativos. James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett passaram por uma fase tumultuada, marcada por divergências que ameaçavam a continuidade do Metallica.

Nesse contexto, a banda optou por buscar ajuda profissional e se envolveu em sessões de terapia de grupo. As sessões foram mediadas pelo terapeuta Phil Towle, que ajudou os membros a enfrentarem seus problemas individuais e a resolverem suas diferenças. O processo terapêutico, embora inicialmente recebido com ceticismo, acabou sendo crucial para a sobrevivência do Metallica. A terapia permitiu que os integrantes reconstruíssem a comunicação e a confiança mútua, aspectos fundamentais para a continuidade da banda.

Capa de Some Kind of Monster.

Paralelamente, o Metallica enfrentava a saída do baixista Jason Newsted, o que adicionava outra camada de incerteza ao futuro do grupo. Em meio a essa turbulência, Robert Trujillo foi recrutado como novo baixista. Trujillo, um músico experiente com passagens por bandas como Suicidal Tendencies e Ozzy Osbourne, trouxe uma nova energia e estabilidade à formação. A integração de Trujillo ao Metallica não foi imediata, mas sua habilidade técnica e presença de palco rapidamente conquistaram a confiança de Hetfield, Ulrich e Hammett. Sua chegada simbolizou um novo capítulo para a banda.

O álbum ‘St. Anger’, lançado em 2003, refletiu muitas das emoções e dificuldades enfrentadas pela banda durante esse período. Com uma sonoridade crua e letras introspectivas, o álbum dividiu opiniões entre fãs e críticos, mas foi um testemunho autêntico dos tempos difíceis que o Metallica estava superando. A combinação dos desafios documentados em ‘Some Kind of Monster’, a terapia de grupo e a entrada de Robert Trujillo marcou um ponto de virada crucial na história da banda, permitindo que ela emergisse mais forte e coesa.

A retomada: ‘Death Magnetic’, ‘Through the Never’, ‘Hardwired… to Self-Destruct’ e 72 Seasons

Após enfrentar desafios significativos ao longo da década de 2000, o Metallica buscou resgatar suas raízes com o lançamento de ‘Death Magnetic’ em 2008. Esse álbum marcou um retorno ao som clássico da banda, caracterizado por riffs intensos, solos de guitarra complexos e letras introspectivas. Trabalhando com o renomado produtor Rick Rubin, o Metallica conseguiu recuperar a essência do thrash metal que os tornou famosos nos anos 80. ‘Death Magnetic’ foi amplamente aclamado pela crítica e pelos fãs, solidificando a posição do Metallica como uma das maiores bandas de heavy metal de todos os tempos.

Em 2013, a banda experimentou um formato diferente de se conectar com seu público através do filme-concerto ‘Through the Never’. Este projeto combinou uma performance ao vivo com uma narrativa fictícia, destacando a energia e a intensidade dos shows do Metallica. Embora a recepção crítica tenha sido mista, muitos elogiaram a inovação e a audácia da banda em explorar novos meios de expressão artística. O filme reforçou a capacidade do Metallica de se reinventar e se manter relevante na indústria musical.

Continuando sua trajetória de sucesso, em 2016, o Metallica lançou ‘Hardwired… to Self-Destruct’. Este álbum duplo trouxe uma nova onda de reconhecimento e sucesso comercial, com músicas que equilibravam a agressividade e a melodia, algo característico do som do Metallica. Faixas como “Hardwired” e “Moth Into Flame” demonstraram a habilidade contínua da banda em criar músicas impactantes que ressoam tanto com novos ouvintes quanto com fãs de longa data. O álbum debutou no topo das paradas em diversos países, reafirmando o status icônico do Metallica no cenário musical global.

Em 2023, a banda lança mais um álbum, ’72 Seasons’, e mantem-se fiel ao estilo que os consagraram, claro, longe de ser um ‘Master of Puppets’ e um pouco aquém do seu álbum anterior, mesmo assim com ótimas composições como os quatro singles apresentados pela banda: “Lux Æterna“, “Screaming Suicide”, “If Darkness Had a Son” e a faixa título do álbum.

E desde seu lançamento a banda está em turnê e hoje é considerada a maior banda do estilo.

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