Um dos pilares do cinema de horror, “Nosferatu”, de F. W. Murnau, deve retornar aos cinemas do Reino Unido em nova proposta audiovisual. A trilha da exibição será formada por faixas dos discos “Kid A” (2000) e “Amnesiac” (2001), do grupo britânico Radiohead.
A iniciativa integra a série Silents Synced, que estreia no segundo semestre de 2025. A proposta parte da associação entre filmes mudos históricos e álbuns de impacto cultural e sonoro no período pós-anos 1990.
O longa de 1922, baseado em “Drácula”, de Bram Stoker, é uma das produções mais reconhecidas do cinema expressionista alemão. A interpretação de Max Schreck no papel do Conde Orlok moldou a figura do vampiro na cultura popular.
A trilha que acompanha essa nova exibição combina duas fases importantes do Radiohead, em sua transição do rock alternativo para sonoridades mais eletrônicas e experimentais. A estreia da série deve ocorrer em outubro.
Segundo os organizadores, a escolha dos discos leva em conta “afinidade temática e atmosférica” com os filmes. As sessões contarão ainda com intervenções visuais inéditas dos artistas André Ouellette e Myles Mangino, conhecido por seu trabalho com a banda Pixies.
O projeto não se limita ao horror. A segunda parte, prevista para 2026, terá “Sherlock Jr.”, de Buster Keaton (1924), acompanhado dos álbuns “Monster” (1994) e “New Adventures in Hi-Fi” (1996), do R.E.M.
O filme “Nosferatu” ganhou uma nova versão dirigida por Robert Eggers, ainda inédita no circuito brasileiro, com Bill Skarsgård no papel principal. A versão original, agora relida com apoio da discografia do Radiohead, marca o início desse novo ciclo de experimentações entre cinema e música.

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