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Mamonas Assassinas: um pouco de rock no seu carnaval

Durante um papo com amigos que também não são fãs de Carnaval, a gente estava atrás de algumas músicas para curtir enquanto todo mundo se jogava no batuque e na purpurina. A gente queria algo que fugisse do usual, que não precisasse ter letras e arranjos de cair o queixo, mas que trouxesse aquela vibe de alegria, diversão e, claro, rock and roll. Na nossa conversa, seis de nós oito já soltaram de primeira o nome dos Mamonas Assassinas. Foi quase uma escolha unânime!





Acho um pouco díficil quem não conheça os Mamonas Assassinas (talvez a geração mais jovem), mas eles foram uma banda brasileira de rock cômico formada em Guarulhos, São Paulo, em 1995. A banda era composta por Dinho (vocalista), Bento Hinoto (guitarrista), Júlio Rasec (tecladista), Samuel Reoli (baixista) e Sérgio Reoli (baterista). Eles são lembrados por sua criatividade musical, irreverência e humor em suas letras, estilos musicais e apresentações, o que os tornou ícones culturais no Brasil.





A história dos Mamonas Assassinas começa com a banda Utopia, formada pelos irmãos Samuel e Sérgio Reoli e pelo guitarrista Bento Hinoto, que tocava covers de grupos de rock dos anos 80 e músicas autorais em bares da região metropolitana de São Paulo. Em 1990, eles conheceram o vocalista Dinho, que se juntou à banda, e mais tarde, Júlio Rasec completou o grupo.

Apesar de terem começado com um estilo mais sério e tradicional de rock, o grupo logo descobriu que sua verdadeira vocação era a música cômica, levando-os a mudar de direção e renomear a banda para Mamonas Assassinas em 1995. Essa mudança marcou o início de um fenômeno cultural.

O único álbum de estúdio da banda, “Mamonas Assassinas”, foi lançado em junho de 1995 e se tornou um sucesso imediato, vendendo mais de 3 milhões de cópias no Brasil. O álbum incluiu hits como “Pelados em Santos”, “Vira-Vira”, “Robocop Gay”, entre outros. Suas músicas combinavam elementos de rock, forró, heavy metal, pagode e até música mexicana, sempre com letras humorísticas e satíricas.

A presença dos Mamonas Assassinas nos programas de auditório na televisão brasileira durante o auge de sua popularidade, em meados dos anos 90, foi um fenômeno sem precedentes. A banda, conhecida por sua irreverência, humor e energia contagiante, rapidamente se tornou um fenômeno nacional, e isso se refletiu na frequência com que eram convidados a participar dos mais variados programas de TV.

Os Mamonas Assassinas marcaram presença em praticamente todos os canais de televisão brasileiros, aparecendo em programas de grande audiência como o “Domingão do Faustão”, “Programa do Jô”, “Xuxa Park”, “Domingo Legal”, entre outros. Essas aparições eram eventos muito esperados pelo público e contribuíam significativamente para o crescimento da popularidade da banda.

A forma como os Mamonas Assassinas eram recebidos tanto pelos apresentadores quanto pelo público refletia o imenso carinho e admiração que o Brasil tinha pela banda. Eles eram conhecidos por suas performances enérgicas e muitas vezes improvisadas, que incluíam não apenas a execução de suas músicas mais conhecidas, mas também interações humorísticas com os apresentadores e a plateia.

Eles não apenas divertiam com suas músicas e letras irreverentes, mas também com suas personalidades genuínas e espontâneas, que eram capazes de transmitir alegria e leveza em meio ao cotidiano. Essas características fizeram com que as aparições da banda se tornassem momentos icônicos da televisão brasileira nos anos 90, contribuindo para o legado duradouro dos Mamonas Assassinas na cultura pop do Brasil.

Infelizmente, a trajetória ascendente da banda foi abruptamente interrompida em 2 de março de 1996, quando um trágico acidente aéreo tirou a vida de todos os membros da banda, juntamente com seus empresários e o piloto, enquanto retornavam de um show em Brasília para Guarulhos. O país inteiro ficou em choque, e os Mamonas Assassinas se tornaram lendas, deixando um legado de alegria e irreverência na música brasileira.

Apesar de sua carreira musical ter sido curta, os Mamonas Assassinas deixaram uma marca indelével na cultura pop brasileira, sendo celebrados até hoje por sua originalidade, talento e capacidade de unir pessoas de todas as idades com sua música divertida e descompromissada.

O único álbum dos Mamonas Assassinas, lançado em 1995, representa um marco na indústria musical brasileira devido ao seu imenso sucesso comercial e à originalidade de seu conteúdo. Este trabalho único mescla diversos gêneros musicais com letras humorísticas e irreverentes, criando uma experiência auditiva sem precedentes.

Uma das marcas registradas do álbum é sua incrível diversidade de gêneros musicais, incluindo rock, sertanejo, pagode, vira português, heavy metal, forró e até elementos da música mexicana. Esta mistura não apenas demonstra a versatilidade musical da banda, mas também serve como uma paródia carinhosa de cada um desses estilos.

As letras são caracterizadas por seu humor ácido, duplo sentido e sátiras sociais e culturais, abordando temas como o amor, a sexualidade e críticas ao cotidiano de forma leve e bem-humorada e a irreverência é outro elemento central do álbum, quebrando tabus e desafiando normas sociais com um espírito jovial e descompromissado.

O álbum teve um impacto profundo e imediato na cultura pop brasileira. Seu sucesso foi meteórico, com mais de 3 milhões de cópias vendidas, tornando-se um dos discos mais vendidos da história da música brasileira. A banda conquistou um espaço único no coração do público brasileiro, atraindo fãs de todas as idades e de diferentes gostos musicais, graças à sua abordagem universal e inclusiva do humor.

Apesar da tragédia que encerrou abruptamente a carreira da banda, o álbum “Mamonas Assassinas” deixou um legado duradouro. Ele não apenas exemplifica uma época de ouro da criatividade na música brasileira, mas também continua a ser uma fonte de alegria e nostalgia para muitos fãs.

Autor

  • Julio Mauro

    Júlio César Mauro é aquele típico nerd e pai de duas meninas, que tem seu jeito único – um pouco rabugento e com TDA. Não deu certo na música, mas encontrou seu caminho na TI, onde está há uns 26 anos. O cara é conhecido por não ter papas na língua e por um senso de humor bem afiado, que nem todo mundo entende. Já rolou até uma fase de co-apresentador no programa Gazeta Games na Rádio Gazeta de São Paulo, mostrando seu lado gamer. E, claro, a música? Continua sendo uma das suas grandes paixões.

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