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Machete Bomb lança “Rastejando em pé (parte 1)”, live session que precede o álbum homônimo

Curitiba, novembro de 2024 – No dia 27 de novembro, a banda curitibana Machete Bomb lança a live session Rastejando em Pé… (Parte 1). No audiovisual gravado em uma casa abandonada em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR), o quinteto em nova formação – com Theo “Thestrow” Willyan Santos (vocais), Alessandro “Alienação Afrofuturista” Ramos (vocais), Otávio “Madu” Madureira (cavaquinho), Priscilla Link (percussão) e Guilherme Moreno (bateria) – performa cinco faixas já apresentadas ao público do álbum Rastejando em Pé, que tem lançamento previsto para março de 2025.

O grupo é conhecido pelas letras contundentes recheadas de críticas sociais e pela fusão de estilos que passam pelo rap, rock, brasilidades, beats eletrônicos como boombap e dub, além do cavaco distorcido capaz de soar do samba ao peso de uma guitarra de sete cordas. “O Machete Bomb sempre teve a sua presença de palco e execução ao vivo como pontos mais fortes da banda. Executar em uma gravação ao vivo as músicas do futuro novo disco para promover o trabalho que está vindo, é a melhor forma de mostrar o peso, a essência e potencial dos novos lançamentos”, explica Madu“Esta fase de renascimento da banda se relaciona muito com o todo visual que o material audiovisual apresenta. Após um tempo de turbilhões e de luto na vida pessoal de alguns integrantes, o que levou a um breve momento de pausa nas apresentações da banda, onde cada priorizou o seu foco na família e em seus outros objetivos, a banda retorna renovada”.

O vídeo abre com “Corpo Acuado / Mente Livre”, faixa com uma levada de boombap com percussão de samba, trazendo o estilo clássico e agressivo do Machete, abordando a resistência contra preconceitos e a liberdade de ser quem se é. Em seguida, “O Tambor (Girando o 6)”, que combina beats de trap e cavaquinho com efeitos inovadores, finalizando com solo de repique, e relembra o trágico caso de Evaldo Rosa, morto com mais de 257 tiros de fuzil pela polícia. Depois é a vez de “STIGAH”, música futurista de Machete Bomb com DropAllien, unindo beats inovadores, solos de cuíca e berimbau. A letra evoca influências como Ice T e Body Count e reflete os desafios dos músicos, incluindo abordagens policiais e crítica aos artistas descompromissados que dificultam a cena musical. Logo após, outra parceria com DropAllien, “Procedê”: mistura de samba e nu metal com toque pop e respiro no caos. Finaliza com solo contagiante de scratch e timbal, criticando a malandragem e injustiças do sistema meritocrático. E, fechando a live session, “Na Contenção da Extinção Seleta”, faixa mais experimental da banda onde combina drum’n’bass, hardcore, samba e ragga com efeitos sintéticos no cavaquinho, cuja letra denuncia a violência seletiva contra minorias e classes sociais oprimidas, criticando o “extermínio” intencional e direcionado que afeta principalmente negros, mulheres e pobres.

“Para este trabalho foi desenvolvido novos arranjos percussivos e momentos de improvisação, para soar além do que é o disco, mas mantendo a raiz da gravação original. Desta forma, ao mesmo tempo que se apresentam as músicas, é mostrada a qualidade musical de cada um de seus integrantes. Elementos como a cuíca, o repique, os PADs eletrônicos da percussão, que já se faziam presentes nos discos anteriores do Machete Bomb, pela primeira vez se apresentam ao vivo com a qualidade da percussionista Priscilla Link. O berimbau vem na mão de Thestrow, um dos MCs da banda, que tem vivência na capoeira. Na bateria, Gui Moreno traz seus PADs com timbres eletrônicos, mesclando o acústico com o digital, sempre também presente nas músicas do Machete Bomb, mas nunca antes usados durante uma performance. Ou seja, está presente a cada música a amostragem da qualidade e versatilidade de cada músico da banda, renovando as músicas sem perder as raízes delas”, detalha Madu.

Com a live session, o Machete Bomb reafirma seu compromisso em desafiar fronteiras musicais e sociais, trazendo uma experiência sonora poderosa e visualmente envolvente. Gravada em um cenário simbólico e intimista, a performance intensifica a proposta de resistência e transformação social do grupo, oferecendo novas camadas de arranjos e improvisos que revelam a essência e força de sua nova formação. Cada integrante adiciona profundidade ao projeto, mostrando como a banda se reinventa, mantendo sua identidade crítica e combativa. Essa é a introdução ao próximo capítulo de uma jornada sonora única.

Assista abaixo Rastejando o Pé… (Parte 1):

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