O rock segue vivo e no dia 06 de Junho, 21h, toma conta do palco da Casa Rockambole com apresentações de Ottopapi, Rod Krieger e MONCHMONCH. Em uma noite que tem tudo pra ser memorável, Marina Reis (Pluma) e Marina Mole assumem a discotecagem – ingressos disponíveis a partir de R$30.
Nome quente da cena paulistana, Ottopapi tem feito apresentações que não passam em branco. Alter ego de Otto Dardenne, um dos fundadores da gravadora indie Seloki Records, ele está prestes a fazer sua estreia em voo solo, dando vida ao disco co-produzido com Chuck Hipolitho. Suas canções abordam amores e vivências que são fruto de sua participação ativa no cenário musical paulistano, atuando como artista visual, agitador cultural, músico e produtor.
Nos shows, ele reúne um supergrupo para acompanhá-lo: Gael Sonkin na bateria, Thales Castanheira e Vitor Wutzki nas guitarras, Bianca Godói no baixo e Danileira nos synths. No palco as canções de Ottopapi ganham uma atmosfera punk e visceral, promovendo a sensação de que o rock ainda pode ser divertido.
Já o ex-Cachorro Grande, Rod Krieger, depois de lançar o segundo disco solo em Portugal em outubro, segue divulgando A Assembleia Extraordinária (Café8 Music) pelo Brasil. Com nove faixas, o álbum de Krieger transita entre o real e o surreal em um universo psicodélico em preto e branco, que pode ser assistido nos vídeos de canções como Cai o Sol e Sobe a Lua, e a versão da obra original de Alceu Valença, Cabelos Longos. Essa veia psicodélica acompanha Krieger desde a era pré-Cachorro Grande, quando fundou o grupo mod Os Efervescentes, em Porto Alegre, sua cidade natal. O artista é muito influenciado também pelo ex-Mutante, Arnaldo Baptista – que participa do primeiro single solo lançado pelo artista, em 2018, a faixa Louvado Seja Deus.
No palco, Krieger conta que desenvolve uma espécie de desdigitalização do álbum, ou seja, ele transforma em analógico o que foi produzido digitalmente – provocando um ambiente ainda mais imersivo do que no disco. O artista estará acompanhado por Marcelo Callado na bateria, e Paulo Emmery no baixo; já no repertório, além de canções do novo álbum, ele também apresenta algumas faixas do anterior A Elasticidade do Tempo (Café8 Music, 2020).
Com uma trajetória já bastante conhecida em Portugal, MONCHMONCH é um artista experimental punk brasileiro, cujo nome se origina da onomatopeia usada em HQ’s para expressar mordidas ou algo sendo devorado, declarando a natureza antropofágica de digerir elementos estrangeiros do rock em algo nacional.
As sonoridades disruptivas, narrativas absurdas e performances viscerais presentes em seu trabalho fabricam um ritual de diversão endiabrada, um manifesto de punk solar, perceptível em seus shows, que são sempre carregados de crowd surfing, tiração de sarro e doses voluptuosas de anticapitalismo, com um ambiente inclusivo e amoroso. O artista levanta a espada para o algoz, em clima descontraído.
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