Tom Petty faz boas escolhas quando se trata de amigos. A turnê com Bob Dylan em 1986 deu a ele e sua banda, os Heartbreakers, a energia para criar um álbum mais espontâneo e agressivo, “Let Me Up (I’ve Had Enough)”, lançado em 1987, produzido pelo amigo Jeff Lynne do ELO (quem lembra de “Got My Mind Set on You”?). A participação de Petty nos Traveling Wilburys o deixou mais relaxado, permitindo-lhe criar uma das suas músicas mais divertidas, “Last Night”. Mas o mais importante é que suas performances pareciam ganhar força com essa atmosfera descontraída. Em vez de tentar escrever canções tão contundentes quanto as de Bob Dylan, tocar guitarra com a precisão de George Harrison ou cantar com a grandeza de Roy Orbison, Petty simplesmente se inclinava para frente, tocando e cantando com toda a naturalidade e liberdade que tinha.
“Full Moon Fever” é outro projeto paralelo para Tom Petty. Produzido pelo companheiro do Traveling Wilburys, Jeff Lynne, o álbum é tecnicamente o primeiro lançamento solo de Petty, embora quase todos os membros dos Heartbreakers, com exceção do baterista Stan Lynch, façam uma participação. Além disso, todos os Wilburys, exceto um (Bob Dylan), também aparecem no disco. “Full Moon Fever” possui o mesmo charme descontraído e o humor afiado do álbum dos Traveling Wilburys.
É importante destacar porém, que a MCA Records, gravadora de Petty na época, inicialmente rejeitou Full Moon Fever; Mas tão logo foi lançado, gerou cinco singles que alcançaram o Hot 100 e venderam cinco milhões de cópias. Mas isso custou caro pra gravadora. Petty havia assinado com a Warner Bros. em um acordo que só se tornaria de conhecimento comum dois anos depois de ter sido assinado. E como eu uma reviravolta, Full Moon Fever fez com que a apatia inicial dos executivos em relação a ele, se tornasse um cenário para a justiça poética, e acabou se tornando um dos álbuns de rock mais célebres do final do século 20.
A análise completa, com mais informações sobre este grande clássico da carreira de Tom Petty, você vê no vídeo abaixo, pelo canal MINHA VIDA EM VINIL.
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