As 10 “piores” músicas do Metallica

Falar sobre as músicas menos inspiradas do Metallica sempre rende discussão. A banda passou por várias fases e experimentou estilos diferentes ao longo de mais de quatro décadas. Nem tudo agradou a todos e, em meio a tantos discos, algumas faixas acabaram ficando abaixo das expectativas. Mesmo uma banda como o Metallica tem seus altos e baixos. Algumas músicas simplesmente não funcionaram tão bem quanto outras.

A seguir, dez exemplos disso. Músicas que, por diferentes razões, ficaram distantes do que se espera de um dos nomes mais importantes do metal.

1. Escape

Ride the Lightning, de 1984, é um dos discos mais respeitados da história do heavy metal. Com clássicos como Fight Fire with Fire, For Whom the Bell Tolls e Fade to Black, o álbum consolidou o Metallica como um dos grandes nomes do gênero. No meio dessa seleção, Escape sempre pareceu uma escolha fora de tom.

A própria banda nunca escondeu o desconforto com a faixa. James Hetfield já disse em entrevistas que ela foi incluída a pedido da gravadora, buscando algo mais acessível. O resultado foi uma música com um refrão mais “amigável”, que acabou destoando do peso e da proposta do álbum. Não é uma música ruim por si só, mas no contexto de Ride the Lightning, ela soa deslocada.

2. Shoot Me Again

St. Anger (2003) é um capítulo à parte na trajetória do Metallica. Marcado por uma sonoridade crua, ausência de solos de guitarra e uma produção polêmica, o disco divide opiniões até hoje. Shoot Me Again sintetiza muitos dos problemas apontados pelos críticos do álbum.

A música tem uma estrutura repetitiva, com uma letra que não evolui e um instrumental que se arrasta sem muita direção. A bateria, com aquele timbre característico que soa metálico demais, incomoda quem esperava um som mais tradicional. A tentativa de fazer algo visceral acabou resultando em uma faixa que parece inacabada, sem momentos que realmente prendam a atenção.

3. Don’t Tread on Me

No Black Album (1991), o Metallica buscou um som mais direto e acessível, apostando em grooves marcantes e refrões fortes. Don’t Tread on Me fica em uma zona cinzenta dentro do disco: não tem o peso dos grandes clássicos thrash, nem o apelo das faixas mais comerciais.

Com uma introdução que cita America, de Leonard Bernstein, e uma letra carregada de mensagens patrióticas, a música não encontra seu lugar. Mesmo sendo parte de um dos álbuns mais vendidos da história do rock, Don’t Tread on Me costuma ser uma das faixas menos lembradas pelos fãs.

4. Poor Twisted Me

Lançado em Load (1996), Poor Twisted Me faz parte de uma fase em que o Metallica flertou com o hard rock, blues e influências alternativas. Algumas músicas desse período mostram uma banda madura, mas outras soam mais como experimentos que não se concretizaram.

Poor Twisted Me tem uma levada blues, com um riff repetitivo e uma batida cadenciada, mas a faixa não decola. A composição parece incompleta, e a energia que marcou os discos anteriores dá lugar a uma execução burocrática. Entre as músicas de Load, essa é uma das que menos empolgam.

5. Suicide & Redemption

Instrumentais sempre foram uma parte importante do Metallica. The Call of Ktulu e Orion são considerados verdadeiros épicos instrumentais do metal. Suicide & Redemption, do Death Magnetic (2008), tenta seguir a mesma linha, mas não tem o mesmo impacto.

Com quase 10 minutos de duração, a faixa apresenta boas ideias iniciais, mas se perde na repetição. Faltam variações e passagens marcantes que façam a música evoluir. O resultado é uma peça que soa mais como um ensaio estendido do que como uma composição finalizada. Não é à toa que ela é pouco lembrada, mesmo pelos fãs mais atentos.

6. All Within My Hands

Outra faixa de St. Anger, All Within My Hands apresenta muitos dos pontos que afastaram parte do público do álbum. A construção da música é caótica, com variações abruptas e um vocal de James Hetfield que, em vários momentos, soa fora de sintonia.

A letra tem um tom pessoal e agressivo, mas a falta de uma melodia clara e a produção crua tornam difícil se conectar com a faixa. O refrão repetitivo, com Hetfield gritando “Kill! Kill! Kill!”, acaba cansando rapidamente. A versão acústica lançada anos depois mostrou que a música tinha potencial, mas no disco original, ela passa longe de ser um dos melhores momentos da banda.

7. Attitude

Reload (1997) trouxe músicas com uma pegada mais rock and roll, com riffs simples e letras diretas. Attitude, porém, parece uma sobra de estúdio que acabou entrando no disco para preencher espaço.

A faixa tem uma linha de baixo interessante no começo, mas não evolui. A letra é simples demais e o refrão não gruda. Em comparação com outros momentos de Reload, como Fuel e The Memory Remains, Attitude soa esquecível. É o tipo de faixa que pouco acrescenta ao catálogo da banda.

8. The Struggle Within

Encerrando o Black Album, The Struggle Within parece ter sido composta para fechar o disco com energia. No entanto, a faixa acaba soando genérica. Ela tenta resgatar a agressividade dos primeiros álbuns, mas sem a mesma inspiração.

A estrutura é simples, o riff principal é funcional, mas não marcante, e a letra segue um caminho previsível. Em meio a um álbum com músicas como Enter Sandman e Sad but True, The Struggle Within passa despercebida, sem deixar uma impressão duradoura.

9. Ronnie

Load trouxe algumas experimentações que funcionaram, mas Ronnie não foi uma delas. A faixa começa com um riff que lembra o southern rock, mas não avança além disso. A história narrada na letra tenta soar como um conto sombrio, mas o clima não se sustenta.

Musicalmente, Ronnie soa repetitiva e sem variações. Em um álbum já criticado por se afastar do thrash metal, essa música reforçou a sensação de que o Metallica estava em uma busca que nem sempre rendia bons resultados. É uma faixa que dificilmente aparece em listas de destaques da banda — com razão.

10. The Unforgiven III

Depois de dois capítulos marcantes, The Unforgiven III chegou no Death Magnetic com a difícil missão de continuar a saga. A música tem uma proposta diferente, com piano e uma atmosfera mais densa no começo, mas não atinge o mesmo impacto emocional dos antecessores.

O refrão não tem a força dos anteriores, e a letra, embora pessoal, não se conecta com a mesma profundidade. É uma faixa que poderia funcionar melhor se não carregasse o peso do nome The Unforgiven. A comparação com as duas anteriores é inevitável, e isso acaba prejudicando a avaliação da música.

Sua vez

O Metallica tem uma história gigante e um catálogo cheio de músicas que marcaram época. Mas, como acontece com qualquer banda que está na ativa há tanto tempo, nem tudo sai do jeito que a gente espera. Ao longo dos anos, algumas faixas acabaram ficando aquém do que a banda já provou ser capaz de fazer. Seja por mudanças no estilo, escolhas de produção ou simplesmente por não encaixarem tão bem em um disco, essas músicas acabaram gerando debate entre os fãs.

Claro, essa lista aqui não tem a pretensão de ser definitiva. Cada fã tem sua própria relação com as músicas da banda — o que pra uns é imperdível, pra outros pode passar batido. E é aí que a conversa fica interessante.

Agora é a sua vez: quais músicas do Metallica você colocaria na lista das que menos funcionaram? Tem alguma que você sempre pula quando aparece na playlist? Ou talvez uma que, por mais que tente, nunca desce? Deixa aí nos comentários a sua opinião e bora trocar uma ideia!

Autor

  • Julio Mauro

    Júlio César Mauro é um nerd de carteirinha e pai de duas meninas, com um jeito peculiar, às vezes um pouco ranzinza, e sempre lidando com o desafio de viver com TDAH.

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