A principal vantagem de uma banda atual seja de rock ou de metal é ter uma estante cheia de referências não só de bandas como de gêneros (e subgênero!) para criar seu som. A banda brasiliense Isaurian se aproveitou, e bem, de ser um banda contemporânea.
O grupo mostra no seu álbum de estreia Chains of Blue (2020) seu DNA musical de inspirações que passam por shoegaze, post metal e prog. Guitarras limpas e arrastadas marcam a trajetória do disco mas por vezes mostram um peso ao estilo Russian Circles. Teclado também tem um papel importante na arquitetura do som, e contribui para criar essa atmosfera que nos leva a flutuar. Bateria e baixo seguem a linha doom. Já os vocais são divididos entre o Jorge Rabelo (um dos guitarristas) e Hoanna Aragão que soam naturalmente bem, seja cantando juntos ou mesmo na dicotomia das vozes entre as 9 faixas do disco. A ideia que me passa é que na banda não há um vocal principal. E isso funciona muito bem, reforça a unidade e coesão da banda.
“Chains of Blue” é um daqueles discos que é para se ouvir inteiro, em uma audição que entra naturalmente aos ouvidos. Vale a pena ainda ouvir o trabalho posterior chamado “Deep Sleep Metaphysics” – que infelizmente só está disponível nas plataformas digitais. Quem sabe um dia lançam material físico? A banda atualmente está produzindo seu novo disco ainda sem data de lançamento.
Já o meu CD Chains of Blue só pude adquirir no último mês de maio, após um longo período de espera, em uma viagem ao Brasil. O CD pode ser comprado no site da Overload, que por sua vez também tem uma loja na Shopee. Garimpei o meu por 29 reais, preço de duas cervejas!
Embora a música de trabalho seja Vanity Mirror que tem até clipe! Eu adoro as faixas: The Oceans, With Solace e Chains of Blue.
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