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Sinch: Transformando um incidente de TI em uma experiência sonora

Conheci a banda Sinch de uma maneira bastante inusitada. Tudo começou com um incidente de segurança da informação na empresa onde trabalho. Durante a investigação e resolução do problema, encontrei o site da banda (que até então não sabia que era de uma banda) e ao ver que se tratava de música, decidi ouvir e fui imediatamente atraído pelo som único e envolvente da banda. Esse encontro inesperado me levou a explorar mais sobre a música e a trajetória do Sinch.









Primeiros Anos e *The Strychnine*

A jornada musical do Sinch começou com o lançamento independente de seu álbum de estreia, *The Strychnine*, em 1996. O som cru e não filtrado do álbum capturou a essência do pós-grunge, com faixas como “The New Echo”, “Dirty” e “Shapeshifter” . O lançamento de *The Strychnine* rendeu ao Sinch apresentações regulares ao longo da Costa Leste, preparando o terreno para sua ascensão na cena do rock alternativo.

Ascensão com *Diatribe* e Sucesso com Gravadoras

Dois anos depois, o Sinch lançou *Diatribe*, seu segundo álbum, que obteve mais atenção e oportunidades de apoio a artistas de grandes gravadoras como Korn, Rob Zombie, Linkin Park e Chevelle. Essa exposição levou a um contrato com a Roadrunner Records em 2001. Sob essa gravadora, o Sinch lançou seu álbum homônimo em 2002, produzido por Malcolm Springer. O primeiro single do álbum, “Something More”, recebeu ampla divulgação nas rádios, impulsionando a banda ao estrelato e fazendo dele um dos lançamentos de estreia mais vendidos da Roadrunner.

Estilo Musical e Inovação com a Ocular Noise Machine

Musicalmente, Sinch é frequentemente categorizada como uma banda de rock alternativo e pós-grunge, mas seu som também incorpora elementos de metal alternativo e nu-metal. As composições da banda são caracterizadas por riffs de guitarra pesados, vocais emocionais e uma abordagem dinâmica à estrutura das músicas. As letras geralmente exploram temas introspectivos e emocionais, proporcionando uma conexão profunda com os ouvintes.

Uma das características definidoras do Sinch é o uso da “Ocular Noise Machine” ou “Viditar”, criada pelo membro da banda Jay Smith. Este dispositivo em forma de guitarra permitiu que a banda incorporasse manipulação de vídeo ao vivo em suas performances, criando uma experiência audiovisual única para o público. O dispositivo, feito de acrílico transparente, era operado em tempo real durante os shows, adicionando um elemento visual dinâmico que diferenciava o Sinch de outras bandas.

Empreendimentos Independentes e *Clearing the Channel*

Após sua saída da Roadrunner Records em 2004, o Sinch continuou a inovar e produzir música de forma independente. Em 2005, lançaram *Clearing the Channel* pela Rock Ridge Music. A banda manteve seu compromisso com a produção de música de qualidade enquanto navegava pelos desafios da cena musical independente.

Projetos Financiados por Fãs e Legado Contínuo

Em 2009, o Sinch iniciou um projeto de álbum financiado por fãs, demonstrando sua forte conexão com o público. Este projeto culminou no lançamento de *Hive Mind* em 2012, um testemunho da criatividade duradoura da banda e da lealdade de sua base de fãs. Mais recentemente, em 2015 e 2018, o Sinch lançou faixas para apoiar o ex-membro da banda Jay Smith em sua luta contra a ELA, demonstrando sua solidariedade e compromisso com a comunidade.

A jornada do Sinch pela indústria musical é marcada por inovação, resiliência e uma profunda conexão com seus fãs. Desde os primeiros dias com *The Strychnine* até o uso revolucionário da tecnologia em performances ao vivo, o Sinch constantemente ultrapassou os limites do que significa ser uma banda de rock alternativo. Seu legado continua a inspirar e cativar o público, solidificando seu lugar nos anais da história do rock.

Para mais informações sobre o Sinch e para explorar sua discografia, visite a página do Discogs , o site da banda ou o perfil da banda no Spotify

Autor

  • Julio Mauro

    Júlio César Mauro é aquele típico nerd e pai de duas meninas, que tem seu jeito único – um pouco rabugento e com TDA. Não deu certo na música, mas encontrou seu caminho na TI, onde está há uns 26 anos. O cara é conhecido por não ter papas na língua e por um senso de humor bem afiado, que nem todo mundo entende. Já rolou até uma fase de co-apresentador no programa Gazeta Games na Rádio Gazeta de São Paulo, mostrando seu lado gamer. E, claro, a música? Continua sendo uma das suas grandes paixões.

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