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A Black Friday de Steely Dan não tem a ver com compras de fim de ano

Muito antes de se tornar um momento de pura extravagância em compras no mês de novembro já havia uma música chamada “Black Friday”. É isso mesmo. Ela faz parte do disco Katy Lied de 1975 do Steely Dan e conta a história de um especulador australiano corrupto que foge com seus ganhos fraudulentos.

Vamos aos fatos: a Black Friday original nos remonta a 24 de setembro de 1869. Nesta data, investidores americanos que ansiavam lucrar mais começaram a comprar ouro desenfreadamente para que pudessem fazer subir o preço do mesmo. Quando o presidente Grant percebeu essa conspiração, o governo americano injetou 4 milhões de dólares em ouro, que fez com que o preço despencasse e os financiadores perdessem a fortuna. No entanto, só na década de 50 é que o termo foi usado em conjunto com a agitação das compras pós-Ação de Graças, que é um produto básico da temporada de férias.

Ok, mas e o que isso tem a ver com a música do Steely Dan mesmo? Apesar de ser uma história fictícia, ela é centrada em um investidor australiano que estava envolvido até os dentes em um tortuoso “esquema de negócios”.





“Quando chegar a Black Friday, cobrarei tudo o que devo”, canta Donald Fagen. “E antes que meus amigos descubram, estarei na estrada”.

Embora a maioria dos ouvintes muito provavelmente nunca tenham traçado esse paralelo, “Black Friday” continua sendo um destaque importante em um disco repleto de composições bem elaboradas, mesmo com todos os perrengues que tiveram em estúdio. Mas essa é uma história para outro dia.

Katy Lied é o quarto álbum do duo americano de jazz fusion e apesar de ser um disco sofisticado, é um grande disco que merece a audição completa.





Fotos: Chris Walter

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