Em 8 de junho de 1969, Brian Jones se despedia dos Rolling Stones de forma emocional, “Quero tocar o meu tipo de música, que não é mais a música dos Stones.” A separação foi declarada amigável, mas, conforme a história acontecia, a verdade é que a coisa era bem menos amigável.
Os Stones começaram sua jornada como amigos impulsionados pelo amor compartilhado pela música, nada diferente do que muitas bandas, a diferença era a paixão pelo blues americano, cada banda tem suas história e estilo, a dos The Rolling Stones começaram por aqui, jovens entusiasmados que tiveram uma ascensão rápida para o estrelato.
E, à medida que o sucesso os envolvia, seu estilo de vida baseado na tríade de sexo, drogas e rock’n’roll tornou-se sua própria ruína, atingindo o auge durante as sessões do álbum “Beggars Banquet” em 1986.
Discórdia na Harmonia Stoneana
No ano de 1965, Jones e a banda cruzaram caminhos com Anita Pallenberg, um relacionamento tumultuado e violento, foi dessa época a primeira discordância. Ela ocorreu quando o guitarrista Keith Richards testemunhou seu colega agredindo fisicamente Pallenberg, ele interveio. A coisa degringolou mesmo quando à medida que Pallenberg se aproximava de Richards, iniciando um romance. Amizades se desfizeram, e rachaduras começaram a aparecer, levando Richards a refletir, “Aquilo foi o golpe final para mim e Brian.”
Vivendo aquela tríade de loucura com as substâncias que antes pensava-se deixá-los mais inspirados, começou a a destruí-lo. Embora Jones não fosse o único usuário, o restante da banda conseguia seguir em frente.
Prova disso, foi a declaração do produtor da banda, Jimmy Miller que estava desapontado com Jones e que os demais membros para ele eram como “trabalhadores esforçados”. Nos momentos raros em que Brian Jones estava presente, ele acabavam sendo isolado pelo produtor, confinado a uma cabine, não gravado em faixas consideradas desnecessárias. O produtor ainda recordou, “Os outros, especialmente Mick e Keith, frequentemente me diziam: ‘Apenas diga a ele para cair fora e sair daqui.’”
A Noite Trágica de Brian Jones
Pouco se sabe sobre a noite de 8 de junho de 1969. Em sua fazenda Cotchford em East Sussex, Jones foi visitado por Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts numa espécie de reunião de intervenção. Alguns biógrafos afirmam que a banda simplesmente demitiu Jones do grupo que ele havia formado. No entanto, segundo Richards, foi realmente amigável, e Jones sabia que não estava em condições de continuar na estrada.
“Já sabíamos há alguns meses que Brian não estava interessado,” foi a declaração oficial de Mick Jagger. “Ele não estava se divertindo, e chegou ao ponto em que tivemos que sentar e conversar sobre isso. Então fizemos e decidimos que a melhor coisa era ele sair.”
Numa reviravolta trágica, menos de um mês depois, o músico seria encontrado morto. Uma história triste na história da música que ilustra como o hedonismo pode levar ao horror, o mundo nunca saberá que música Jones poderia nos ter dado a seguir.
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