Bruce Springsteen sempre teve um controle rigoroso sobre seu catálogo musical, selecionando cuidadosamente quais músicas seriam lançadas. Uma delas, “The Way”, permaneceu escondida por anos e só veio a público na coletânea “The Promise”, de 2010. Em entrevista à SiriusXM, o músico revelou o motivo por trás dessa decisão.
“A principal razão pela qual está escondida é porque eu nunca gostei dela”, afirmou. Springsteen ainda brincou ao sugerir que a música teria um destino melhor fora de sua discografia. “Eu gostaria de vê-la em um filme de David Lynch, em uma cena sexualmente perversa. Para mim, esse é o seu devido lugar”.
A faixa foi gravada durante as sessões do álbum “Darkness on the Edge of Town” (1978), mas acabou ficando de fora da versão final. Com uma atmosfera melancólica e letras introspectivas, “The Way” contrasta com outros sucessos daquele período, como “Badlands” e “Racing in the Street”.
David Lynch, citado por Springsteen, é um cineasta conhecido por seu estilo surrealista e pela relação próxima com a música. Além de dirigir videoclipes para artistas como Nine Inch Nails e Interpol, também lançou três álbuns próprios. Suas produções cinematográficas, como Veludo Azul (1986) e Cidade dos Sonhos (2001), frequentemente utilizam trilhas sonoras que contribuem para a atmosfera peculiar de suas narrativas.
Apesar do comentário de Springsteen, “The Way” segue dentro do vasto acervo de canções que o artista registrou ao longo das décadas, mesmo que não esteja entre suas favoritas.
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