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Canecão: Cinco álbuns clássicos gravados na casa de show

O Canecão é sinônimo de saudosismo e cultura no Brasil. A casa de shows tinha escrito na fachada: nesta casa escreve-se a história da música popular brasileira.

Sendo originalmente construída para ser uma cervejaria, em 1967, tornou-se uma das grandes referências para espetáculos de médio e grande porte. Infelizmente, hoje se encontra abandonada, aos escombros. Destino triste para um símbolo que não recebe shows desde 2010.





Vamos nos entregar na história e desvendar os álbuns que foram gravados no local?

Canecão Apresenta Maysa





Em 1969, Maysa popularizou a casa de shows no meio artístico, com uma bem sucedida temporada de shows.

Assim, esbanjando glamour, sensualidade e uma tremenda dor de cotovelo e melancolia, tinha como repertório clássicos como Meu Mundo Caiu Ouça. Há ainda uma versão de Se Você Pensa, de Roberto e Erasmo. Um dos pontos altos do disco fica para Chão de Estrelas Se Todos Fossem Iguais a Você.

Maysa se encontrava iluminada neste período da carreira.

Tom, Vinicius, Toquinho, Miúcha

Falar sobre a MPB e o Canecão sem citar este álbum é um sacrilégio. Ademais, o enorme palco transformou-se em uma aconchegante sala de visitas durante quase oito meses.

Resultado, o Canecão ficou lotado, com noites regadas a uísque e jantares após o show. Um quarteto mais perfeito, impossível.

Aliás, com clássicos como Wave, Corcovado, Pela Luz dos Olhos Teus, acabamos percebendo que o passado é gigante.

Elymar no Canecão

Elymar Santos fez do início de sua carreira uma grande ousadia. Desembolsando tudo que tinha, alugou a casa de shows. Só uma palavra pode descrever o efeito: Sucesso.

Deste modo, de bares e churrascarias, saiu do anonimato, fazendo mais de uma noite do espetáculo, sendo aplaudido de pé até por Maria Bethânia. No álbum, Elymar mistura composições próprias com de Gilberto Gil, Chico Buarque e Gonzaguinha.

Além de tudo, é um disco muito bem gravado, se for comparar com alguns ao vivo lançados até 1985.

O Tempo Não Pára

Cazuza ainda não agonizava em praça pública. Porém, mostrava a sua luta contra a, desconhecida até o momento, aids. Ademais, sendo dirigido por Ney Matogrosso, subia ao palco de branco cantando Vida Louca Vida, de Lobão. Em seguida, em Boas Nova aos berros dizendo que havia visto a cara da morte. E ela estava viva. Ainda mais, Cazuza polemizou em uma das apresentações, cuspindo na bandeira do Brasil.

Contudo, apesar de sua condição, Cazuza mostrou garra ao fazer as apresentações no Canecão.

Chico Buarque e Maria Bethânia Ao Vivo

Em primeiro lugar, na década de 1970 era assim: Chico Buarque, O Compositor. Maria Bethânia, A Intérprete.

Em 1975, se reuniram no Canecão, o que resultou no álbum. Deste modo, a timidez de Chico combina com a escancaração de Bethânia. Aliás, é gostoso ouvir as suas vozes, como se fosse um jogo de bola, interpretando canções como Ole Ola, Gita Sinal Fechado.

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