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Como David Bowie salvou a carreira de Iggy Pop e juntos inventaram o post-punk

Houve uma época onde tudo e todos em que David Bowie tocava, virava ouro. Bowie era um apreciador do que Iggy e os Stooges fizeram e estava disposto em investir na carreira dele.

O encontro entre os dois músicos ocorreu em 1971 ,em Nova York, no bar clube chamado Max’s Kansas City. O local era meca do meio artístico nos anos 70 e era frequentado por músicos como o próprio Bowie, Lou Reed e Iggy Pop, não só eles, mas toda a geração nova iorquina de músicos da época como New York Dolls, Patti Smith, Ramones, Talking Heads e outros. Além de artistas plásticos como Andy Warhol, por exemplo. 

Frente do Max's Kansas City
Fachada do Max’s Kansas City, NYC. Junho de 1973. © Bob Gruen

Iggy Pop já tinha dois discos nas costas com The Stooges, o primeiro auto-intitulado, proto-punk e provocativo, indo na contramão do movimento paz e amor flower-power e do rock psicodélico daquela época. 

O segundo álbum, Fun House era mais experimental e com uma veia jazzística devido a entrada do saxofonista Steve Mackay.

Porém, na época que se conheceram, Iggy Pop estava por baixo, drogado e sem o The Stooges que havia se desfeito devido aos problemas com adicção, o alcoolismo e as baixas vendas de seus discos.

Bowie ainda era considerado um artista entre tantos outros ingleses, com sua carreira em ascensão e prestes a lançar The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars.

Com novos relacionamentos em Nova Iorque, David Bowie fez o convite a Iggy Pop e Lou Reed para levá-los à Inglaterra e lançar suas carreiras solo, além disso, conseguiu um contrato com a empresa que o agenciava, o Mainman e um contrato com a Colombia para lançar seus discos.

E foi assim que o disco Raw Power de Iggy and the Stooges foi lançado, consolidou o artista como um dos principais nomes do rock e ainda deu o pontapé de uma parceria de longa data entre os dois músicos. 

Na primeira fase do encontro após Raw Power foram 3 discos em parceria nos anos 70. Dois solos de Iggy e um de Bowie, discos que mudaram a cara do rock e de suas carreiras.

O início dos trabalhos entre Iggy e David

Iggy Pop já era considerado um junkie quando sua relação com David Bowie em NY começou.

Ele era famoso por sua postura nada ortodoxa no palco com suas danças extravagantes, a insana mania de se cortar e sangrar durante apresentação e por criar e popularizar do stage dive, ato no qual o músico se atira em cima da plateia.

Era esse o currículo “freak” que David Bowie buscava quando levou Iggy Pop e o segundo guitarrista do Stooges, James Williamson para Londres.

Williamson havia entrado para o The Stooges no final de 1970, aumentando as possibilidades sonoras da banda com mais uma guitarra.

Já o The Stooges, mesmo com contrato com a Elektra, havia lançado dois álbuns, ambos foram um fracasso comercial, isso fez com que a gravadora não quisesse financiar um terceiro disco e a banda acabou encerrando suas atividades.

E foi nessas condições que Pop e Williamson foram para Londres gravar um novo disco.

Com a ideia de lançar carreira solo de Iggy Pop e ter uma nova banda de apoio, a dupla procurou e fez audições com diversos músicos, mas não encontraram pessoas nas quais realmente estavam afim de dividir o trabalho e acabaram chamando os irmãos Asheton e ressuscitando o The Stooges.

Ron e Scott Asheton se juntaram à banda para as gravações. Apesar de Ron ter assumido contrariado o baixo pois ele era o guitarrista do The Stooges nos dois primeiros álbuns, acabou aceitando a missão.

James Williamson e Iggy que assinaram juntos as oito faixas do álbum, produziram uma enxurrada de composições, a maior parte delas foi negada pela empresa de gerenciamento mesmo antes de serem gravadas oficialmente.

Williamson relembrou esse momento em um entrevista à revista Classic Rock, também publicada no site da Loudersound:

“É uma história complicada, em termos de procura de material para o álbum, porque a equipa de gestão não estava habituada ao nosso estilo de tocar, por isso rejeitavam todas as músicas que queríamos gravar[…] Foi uma sorte nossa que a equipe de gerenciamento do MainMan se distraiu tentando estourar Bowie nos Estados Unidos, então eles pararam de nos dizer que não podíamos fazer as coisas, fomos para o estúdio e fizemos o álbum.” 

Essas músicas rejeitadas foram gravadas no formato de demo em dois estúdios, RG Jones Studios em Wimbledon com o engenheiro de som Gerry Kitchingman e no Olympic Studios em Barnes com o Heith Harwood na engenharia de som.

Além de terem faixas rejeitadas pela Mainman, a Columbia exigia que houvesse duas baladas no disco, uma para cada lado e assim vieram as músicas Gimme Danger  e I Need Somebody.

Claro que em meio a criação das músicas e gravação, Iggy Pop não largou seu vício e teria apagado em decorrência de uma overdose por 14h enquanto escrevia Raw Power.

Depois de toda essa confusão, o disco foi finalmente gravado  entre 10 de setembro e 6 de outubro de 1972, nos estúdios da CBS em Londres com o engenheiro de som Mike Ross-Trevor.

A produção e mixagem ficaram a cargo de Iggy Pop, porém com pouca ou nenhuma experiência, Pop ao invés de aproveitar o estúdio de 24 canais, enfiou toda a banda em único canal, deixando apenas seus vocais e os solos de guitarra de James Williamson em canais separados.

Iggy pop and the Stooges gravando Raw Power
Crédito:s Michael Ochs Archives / Getty Images

Obviamente Tony Defries, gerente e proprietário da Mainman avisou a Iggy Pop que o disco seria mixado por David Bowie.

Naquela época, Bowie era o cara da vez, estava consolidando o glam rock o disco Ziggy Stardust e vinha produzindo seus próprios álbuns, além de trabalhos de outros artistas como Transformer de Lou Reed e Mott The Hopple.

Em turnê pelos Estados Unidos, Bowie recebeu a fita para fazer a mixagem de Raw Power em Los Angeles no estúdio Western Sound Recorders, onde ele com material que tinha em mãos conseguiu fazer um trabalho louvável. 

Porém, a faixa de abertura Search And Destroy que se tornou um clássico anos depois acabou se mantendo com a mixagem de Pop devido a falta de recursos.

Há uma controversa história de que Bowie teria se enganado quanto a divisão das faixas ou teria recebido uma cópia com três canais citados anteriormente. Essa história veio a público no documentário chamado Raw Power de 2010 onde aparecem as faixas todas separadas.

Por fim, uma daquelas histórias que nunca saberemos se é lenda ou não.

A verdade é que Iggy and The Stooges lançaram Raw Power em 07 de fevereiro de 1973 e o mesmo foi um fracasso de vendas, assim como seus predecessores.

A banda ainda saiu em turnê para divulgação do álbum mas acabou no ano seguinte.

Williamson e Pop voltam para Los Angeles na esperança de dar o pontapé inicial em suas carreiras musicais mais uma vez, mas a essa altura praticamente tudo estava perdido. 

Apesar de que Iggy Pop entendia que o álbum era um clássico e que mais cedo ou mais tarde iria atrair atenção das novas gerações.

O que se comprovou uma verdade anos depois, bandas da cena punk de Nova Iorque e de Londres foram inspirados por ele e pelos 2 outros trabalhos do The Stooges.

Porém, Iggy estava numa situação complicada e no seu limite e mais um vez Bowie aparece como um anjo em sua vida.

O resgate de Iggy Pop

Sem banda, afundado nas drogas, visto entre traficantes e junkers de Los Angeles, Iggy Pop era figurinha fácil de ser vista aos tropeços pelas ruas da cidade.

Entre os anos de 1974 e 1976, ele tentou diversas vezes se livrar do vício e foi assim que por livre espontânea vontade se internou em 1976 no hospital psiquiátrico da Califórnia.

Ainda em 1975 se juntou com Williamson para gravar mais algumas músicas na tentativa de conseguir outro contrato com alguma gravadora e lançar mais um álbum, porém mais uma vez as coisas não deram certo e o projeto ficou engavetado. O disco ganhou a luz do dia em 1977 com o nome de Kill City. 

Bowie soube da situação de Iggy e foi visitá-lo, ele também estava lutando contra as drogas e parece ter encontrado em Iggy um igual e assim surgiu o convite para que o músico de Detroit caísse na estrada dando suporte à divulgação do mais recente trabalho de Bowie, Station to Station.

Antes de falarmos desta turnê, vale ressaltar que nesta época, David Bowie já era um artista consolidado e havia experimentado diversos estilos, iniciou com o folk psicodélico, ajudou a criar e consolidar o glam rock com seu Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, flertou com soul e funk no disco Young Americans e começava seu flerte como sintetizadores em Station to Station.

E foi na divulgação deste álbum como dito anteriormente que Iggy se juntou a David Bowie e caiu na estrada com turnê chamada Isolar Tour de 1976.

A tour teve 65 shows e iniciou em Vancouver Canadá em 02 de fevereiro em 1976, se estendendo por todo os Estados Unidos e partiu pra Europa fechando no dia 18 de maio em Paris, França.

O único percalço aconteceu no dia 21 de março quando Bowie e Pop foram presos por porte de maconha em Rochester, Nova Iorque, acusações essas que foram retiradas posteriormente.

Mais perto do fim da tour, veio o convite para Iggy gravar a música Sister Midnight composta por Bowie e o guitarrista Carlos Alomar.

Iggy não tinha o que perder e sabia que podia contar com a ajuda de Bowie e resolveu mergulhar de cabeça!

Uma curiosidade é que Sister Midnight, além de ser a primeira música da dupla, apareceu também no disco Lodger, sob o título de Red Money com letra e arranjo alterados.

Lodger é o terceiro disco da Trilogia de Berlim do camaleão do rock.

Com o fim da turnê de Isolar, David Bowie mudaria pra sempre a carreira de Iggy Pop e o seu futuro.

Iggy e a Era David Bowie

The Idiot, primeiro álbum solo de Iggy Pop foi produzido e co-criado por David Bowie às vésperas do início de sua Trilogia de Berlim.

Nesse período, após o fim do Isolar Tour, Bowie e sua esposa Angela, foram convidados a ficar no Château d’Hérouville pelo gerente Pierre Calamel. 

O Château era um estúdio residencial que ficava perto de Paris.

Capa do disco The Idiot Iggy Pop

Bowie não pensou duas vezes e agendou algumas datas no estúdio, convidou alguns músicos entre eles Iggy Pop para escrever em conjunto seu primeiro álbum solo e assim nasceu The Idiot.

O camaleão vivia um momento mais experimental, iniciado em Station to Station e aproveitou para criar com Pop misturando muito das sonoridades krautrock que ele próprio usaria nos discos da Trilogia de Berlim.

Low, o primeiro dessa fase começou a ser escrito no mesmo Château.

Além disso, muitos dos músicos são divididos entre os álbuns de Bowie e Pop, e a parceria entre os dois você ouve nessas duas obras.

Entre os músicos selecionados estava o proprietário do estúdio, o baixista Laurent Thibault, convidado por Bowie para assumir o baixo e atuar como engenheiro de som. Laurent por sua vez recrutou o baterista Michel Santangeli e o britânico assumiu guitarras e teclados na gravação de The Idiot.

A sessão rítmica base saiu dessas gravações, mas Bowie não satisfeito com algumas linhas de baixo e bateria contratou o baixista George Murray e o baterista Dennis Davis que adicionaram alguns overdubs as faixas do álbum.

Com as faixas musicais sendo criadas pelo artista britânico, Iggy Pop se focou em criar as letras improvisando junto a criação das músicas. 

Essa maneira de Pop cantando e escrevendo as letras de  forma improvisada enquanto as músicas eram criadas encantou Bowie que utilizou essa forma para escrever o disco Heroes, segundo da Trilogia de Berlim.

Mesmo sem finalizar o disco, Bowie e Pop partem para a Alemanha e terminam o álbum no estúdio Musicland do produtor de música eletrônica Giorgio Moroder. Nesse estúdio Pop gravou e finalizou boa parte dos vocais e o guitarrista Phill Palmer adicionou overdubes as guitarras criadas por Bowie.

Após o fim das gravações os dois voaram para Berlin para mixar o álbum no Hansa Studio 1.

Nessa hora entra outro personagem, o produtor Tony Visconti que já havia trabalhado com Bowie anteriormente e estava escalado para produzir Low. Bowie aproveitou a vinda do produtor e o fez mixar The Idiot. Assim, Tony Visconti já ia se acostumando com a sonoridade que estava por vir no próximo disco de Bowie.

Bowie relembrou essa fase, anos depois em entrevista para revista Second Magazine:

“Estávamos todos no lugar certo na hora certa e funcionou bem para todos os envolvidos. Acho que foi colaborativo, definitivamente, com Iggy. Passei muito tempo escrevendo para ele, assim como produzindo. Para mim, a força de Iggy era como letrista – eu o achava o letrista mais engraçado e obscuro da época. Eu realmente queria dar a ele algum apoio musical que lhe desse um público mais amplo. Parecia tão injusto que ele foi praticamente negligenciado, assim como Lou Reed quando comecei a trabalhar com ele…   

The Idiot estava pronto e era uma obra única, em nada se parecia ao proto-punk feito por Iggy Pop com os The Stooges.

Com todo esse experimentalismo, em The Idiot ouve-se músicas como China Girl, outra regravada por Bowie nos anos 80.

Nightclubbing com aquele clima krautrock, uma bateria eletrônica e um riff de teclado indescritível e um baixo sintetizado coberto por uma linha melódica nos teclados de David Bowie. Liricamente, Iggy Pop define como um comentário de como sair todas as noites com David Bowie nos clubes.

Funtime, outra faixa que se destaca no álbum, mantém o mesmo clima soturno e ao mesmo tempo alegre. Talvez os backing vocals da música dêem um pouco de leveza à faixa.

Não poderíamos deixar de falar da faixa Mass Production, hipnótica, a maior faixa do discos é um lamento vocal com baixos e teclados repetitivos e industrial, muito diferente para época. Pra fechar os destaques, Dumdum Boys mantém o mesmo clima apocalíptico e industrial.

The idiot era inovador!

O primeiro álbum solo de Iggy Pop apesar de obscuro musicalmente, ganhou a atenção da mídia e principalmente do público.

Pode-se dizer que o disco foi parte importante do que viria se chamar de post-punk e o gótico da próxima década, apesar de bandas como Siouxsie and Banshees, Wire, Gang of Four e outras terem seu início no mesmo período.

Vale ressaltar aqui que The Idiot foi muito importante para Pop, mas também ainda mais importante para David Bowie.

Foi o embrião musical e o laboratório perfeito que fez com que músico inglês entrasse na fase que ficou conhecida como Trilogia de Berlim.

The Idiot foi gravado antes de Low, mas foi lançado posteriormente, também em 1977, isso comprova o quanto o primeiro solo de Iggy foi importante para Bowie encontrar o novo caminho sonoro de sua carreira.

Curiosamente, a gravadora achava que Bowie iria sair em tour para divulgar Low e o que ocorreu foi que o britânico saiu na turnê de divulgação do solo de Iggy Pop.

Um tecladista e backing vocals de luxo que Pop jamais poderia imaginar.

Iggy Pop, Ricky Gardiner and David Bowie ao vivo em 1978 em São Francisco,
Iggy Pop, Ricky Gardiner and David Bowie ao vivo em 1978 em São Francisco, California  Crédito: Richard McCaffrey

A turnê correu bem e teve os norte-americanos do Blondie como banda de abertura após a dupla ouvir os seu primeiro disco.

Tudo isso deu a Iggy Pop a visibilidade necessária para sua carreira decolar.

O próximo passa seria mais um disco em 1977.

Berlim, Lust for Life e o fim da parceria

Iggy Pop e Bowie se mudaram e foram juntos para Berlim entre os anos de 76 à 79, após gravar boa parte de The Idiot de Iggy e Low de Bowie a dupla foi finalizá-los na Alemanha.

Além da proposta musical, eles saíram de Los Angeles para se livrarem dos problemas com as drogas, colocar a vida nos eixos e em busca de sossego para trabalhar.

E foi o que fizeram com algumas recaídas, é claro.

Iggy já estava com seu primeiro solo pronto, The Idiot, enquanto Bowie finalizava o disco Low no estúdio Hansa Studio 1.

Iggy aproveitou o tempo livre pra começar a escrever as letras do que seria seu próximo trabalho, aliás, foi nesse estúdio que Lust for Life foi gravado.

Após a turnê de The Idiot, a banda foi pro estúdio e em apenas 8 dias ele foi gravado e finalizado e mais uma vez, Iggy contou com a ajuda de Bowie para co-criar o álbum.

Desta vez, porém, quem assina a produção é o Bewlay Brothers, pseudônimo adotado pelo trio Iggy, Bowie e o engenheiro de som e produtor Colin Thurston.

Quanto à sonoridade, ao contrário de The Idiot, Lust for Life trás de volta a energia rocker de Iggy Pop, deixando para trás o art rock do disco de estréia.

O álbum conta com os irmãos Tony Fox e Hunt Sales, baixista e baterista respectivamente. Ambos tocaram anos mais tarde com David Bowie em seu projeto Tin Machine.

Além deles, o guitarrista Carlos Alomar que já havia participado em The Idiot e o guitarrista Ricky Gardiner aparecem em Lust for Life.

Nos teclados Bowie e Warren Peace dividem o trabalho.

O disco é um ode aos bons tempos de Iggy e o retorno do artista ao proto-punk, rock e claro, sem deixar o lado comercial de lado.

Capa do disco Lust for Life de Iggy Pop

Lust for Life começa com a energizante bateria de Hunt Sales na faixa título, batida essa marcante e algumas vezes imitadas como pela banda Jet em Are You Gonna Be My Girl.

Segundo Sales, ela foi inspirada em You Can’t Rush Love, do The Supremes, e I’m Ready for Love, de Martha and the Vandellas.

A bela The Passenger foi inspirado em um poema de Jim Morrison dos The Doors que via a vida moderna  como uma viagem de carro bem como os passeios pela S-Bahn constituída por 15 linhas e integradas com U-Bahn Metro de Berlim

Tonight, outra bela música que merece destaque, iniciada por uma seção de teclados seguida de um riff melódico e envolvente de guitarra, um vocal muito marcante e bem construído de POP com backing vocals de Bowie.

Aliás, essa música junto com Neighboorhood Threat ressurgem em 1984 no disco Tonight de David Bowie, disco esse que não só tinha a participação em algumas faixas de Iggy Pop mas possuía outras músicas escritas em parceria pela dupla.

Por fim, é justo afirmar que esse trabalho teve um alcance muito maior comercialmente falando, apesar de The Idiot ter chamado mais atenção da crítica musical pelo seu estilo, Lust For Life foi o passo que Iggy precisava dar ao rumo do sucesso.

Colocar uma lupa sobre os trabalhos produzidos nessa época pelo duo como The Idiot, Low, Lust for Life e Heroes fica perceptível a influência e a digital de ambos em trabalhos solos de cada.

Mas é inegável a força musical exercida por Bowie nestes primeiros dois trabalhos de Iggy.

Fica a reflexão: É Iggy Pop cantando músicas de Bowie? Ou é Bowie produzindo músicas de Iggy Pop?

Com certeza não há uma única resposta certa pra isso, mas a verdade é que sim, David Bowei foi fundamental para ressuscitar não só a carreira de Iggy Pop mas também a sua vida.

Crédito foto destaque: Larry Busacca

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    2 respostas para “Como David Bowie salvou a carreira de Iggy Pop e juntos inventaram o post-punk”

    1. Avatar de Jorge Alexandre Garcia
      Jorge Alexandre Garcia

      Boa tarde,achei este comentários sobre o músico Iggy pop, muito bom
      Gostaria que tivesse outros de outras bandas,achei excelente.abracos e um feliz ano novo.

      1. Avatar de Marcelo Scherer

        Obrigado Jorge, vamos tentar trazer mais e mais conteúdos como esse. Valeu pelo feedback 😀

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