Hoje um programa de rádio web que acontece desde 2014 na Antena Zero, o Heatwave capitaneado pelo antenado Wilson Farina chega aos seus 15 anos de existência.
Batemos um papo com Wilson pelo whatsapp para falar sobre essa data tão especial e sobre este projeto que serve como um radar sonoro de novidades, mas também de clássicos, lados b e da cena independente brasileira.
Ah, vale lembrar que o programa também fica gravado no formato podcast e você pode ouvir os quase 400 episódios com o melhor da curadoria feita pelo Wilson Farina.
[Marcelo Scherer]: Como surgiu a ideia de criar o Heatwave?
[Wilson Farina]: O projeto começou em 2008 como um blog onde eu disponibilizava coletâneas de mp3, uma época anterior aos serviços de streaming, mesmo youtube ainda era muito mais tímido, e mais focado em vídeo, não havia essa coisa de postar música.
Então a galera ouvia mp3, baixava músicas, e eu tinha esse costume de montar coletâneas e fazer a capa. Nessa, eu tinha um amigo que possuía um servidor, no qual ele agrupava vários blogs de outros amigos e acabou me convidando pra hospedar lá o meu blog. Ele sabia que eu colocava esses arquivos em sites de downloads e sugeriu que eu fizesse isso no espaço virtual dele.
[Marcelo Scherer]:E o nome de onde veio Heatwave?
[Wilson Farina]: Pois então, foi nesse momento na hora de criar um espaço dentro do servidor que surgiu o nome, esse meu amigo me perguntou qual o nome do blog, e eu, ah! coloca, blog do Wilson, e ele, não, não pode ser o teu nome, o blog tem que ter um nome.
Aí pensei um tempo e achei que Heatwave era um nome que condiz muito do que é o meu gosto musical. Heatwave é uma música do selo Motown da Martha and the Vandellas que foi regravada pelo The Who, rock inglês anos 60 e também foi regravada pelo The Jam que é mood revival punk anos 70, banda do Paul Weller, grande inspiração pro britpop. E, também essa música era tocada pela banda independente paulista, Laboratório SP que eu curtia. Então foi isso, a música representa as principais coisas que eu gosto, rock inglês anos 60, 70, britpop, bandas independentes e soul, além de ser uma palavra muito sonora.
[Marcelo Scherer]: E como foi a evolução para um programa de webrádio?
[Wilson Farina]: Depois de blog, a Heatwave se tornou uma festa em alguns bares aqui em São Paulo, durante algum tempo fiz uma festa no Café Elétrico, depois fiz no Razzmatazz, essa última que existiu até 2018, após isso, rolou outros bares mas sem residência fixa. Em 2014 surgiu o convite do pessoal da rádio web AntenaZero para transformar o Heatwave em um programa de rádio. Inicialmente comentei para os caras [AntenaZero], mas eu não falo, só junto os arquivos e monto as coletâneas e os caras me deram a maior força pra esse início e o Heatwave hoje tem quase 400 edições de programas. Imagina, um por semana, veio um monte de bandas que já vieram dar entrevistas incluindo: Frank Jorge, Beto Bruno, Carlinhos Carneiro, Boogarins e vários outros da cena independente, bandas novas, é motivo de muito orgulho!
[Marcelo Scherer]: E vai rolar algum evento de celebração dos 15 anos?
[Wilson Farina]: Vai sim, dia 16 de dezembro no Laje SP, em São Paulo, com show do grupo Modulares, que é de um dos caras que era do Laboratório SP.
Então tá aí, fica o convite pro pessoal de Sampa pra comparecer no dia 16.
Vale lembrar também que o Heatwave tem um Apoia.se, quem tiver interesse em ser apoiador do programa recebe algumas recompensas.
Parabéns Wilson Farina por esse trabalho incrível! E vida longa ao Heatwave.
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