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Os maiores trios da história do rock

O rock, em sua essência, é movido por dinâmicas e personalidades fortes, e poucos formatos traduzem isso de forma tão pura quanto os trios. Apenas três integrantes dividindo responsabilidades e mostrando que menos pode ser mais. Neste texto, vamos tentar trios marcaram épocas, influenciaram gêneros e deixaram sua marca no universo musical. De Southern California ao punk britânico, passando pelo prog rock e metal, vamos viajar pela história desses grupos.

Nirvana: o som que definiu uma geração

Quando “Nevermind” foi lançado em 1991, o Nirvana rapidamente se tornou o porta-voz de uma geração desiludida. Liderados por Kurt Cobain, acompanhados por Krist Novoselic no baixo e Dave Grohl na bateria, o trio trouxe o grunge ao mainstream. Faixas como “Smells Like Teen Spirit” se tornaram hinos, enquanto “In Utero” (1993) mostrou uma abordagem mais visceral. A morte de Cobain em 1994 foi um ponto final na história da banda, mas o impacto cultural e musical do Nirvana continua presente.

Green Day: de garotos punk a ícones sociais

O Green Day, formado por Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool, redefiniu o punk rock na década de 1990. “Dookie” (1994) foi um marco, com hits como “Basket Case” e “When I Come Around”, vendendo mais de 10 milhões de cópias nos EUA. Nos anos seguintes, a banda manteve sua relevância com álbuns como “Insomniac” (1995) e “Nimrod” (1997), este último trazendo a icônica “Good Riddance (Time of Your Life)”. Em 2004, “American Idiot” marcou uma virada, com temática política e críticas sociais que conectaram a banda a uma nova geração de ouvintes. O trio provou que a evolução é essencial para a longevidade.

Emerson, Lake & Palmer: virtuoses do rock progressivo

Keith Emerson, Greg Lake e Carl Palmer formaram um dos trios mais revolucionários do prog rock. Seu álbum de estreia, “Emerson, Lake & Palmer” (1970), combinava técnica virtuosa com composições ambiciosas, incluindo releituras de obras clássicas. Na década de 1970, o trio lançou álbuns como “Tarkus” (1971) e “Brain Salad Surgery” (1973), que consolidaram sua fama. Apesar das críticas às vezes duras sobre a “pompa” de seus arranjos, o trio provou ser uma força criativa que influenciou gerações de músicos. Depois de hiatos e reuniões, a banda deixou um catálogo que continua a ser explorado por fãs e estudiosos do gênero.

Rush: mestres do progressivo canadense

Poucos trios são tão respeitados quanto o Rush. Formado por Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart, o grupo se destacou pela combinação de complexidade musical e letras filosóficas. “2112” (1976) colocou o trio no mapa, enquanto “Moving Pictures” (1981) trouxe faixas como “Tom Sawyer” e “Limelight”, que atravessaram gerações. O Rush encerrou suas atividades em 2018, após a morte de Peart, mas sua contribuição ao rock progressivo é imensurável.

ZZ Top: a potência texana

Billy Gibbons, Dusty Hill e Frank Beard formaram o ZZ Top, unindo blues e rock com uma identidade visual inconfundível. “Eliminator” (1983) marcou a década com hits como “Sharp Dressed Man” e “Legs”, além de videoclipes criativos que dominaram a MTV. Com mais de cinco décadas de história, o trio segue influenciando gerações de músicos.

The Police: harmonia e tensão criativa

Sting, Stewart Copeland e Andy Summers combinaram influências de reggae, punk e new wave para criar um som único. Entre 1978 e 1983, lançaram cinco álbuns, incluindo “Synchronicity”, que trouxe o sucesso “Every Breath You Take”. Apesar das tensões entre os membros, o legado do Police segue firme, com uma reunião memorável em 2007 que mostrou a força do trio no palco.

Sublime: o som do sul da Califórnia

Combinando reggae, punk, ska e hip-hop, o Sublime construiu um estilo que, embora profundamente enraizado no sul da Califórnia, alcançou o mundo inteiro. “40 Ounces to Freedom”, lançado em 1992, destacou o grupo na cena underground com uma mistura de letras introspectivas e arranjos dançantes. O verdadeiro sucesso comercial veio em 1996, com o álbum “Sublime”, que trouxe faixas como “Santeria”, “Wrong Way” e “What I Got” para as paradas de sucesso. No entanto, a tragédia marcou a história da banda: Bradley Nowell, vocalista e principal compositor, faleceu de overdose dois meses antes do lançamento. Mesmo com a curta trajetória, a influência do Sublime permanece evidente na cena do reggae rock.

Beastie Boys: da cena punk ao hip-hop

Formados inicialmente como uma banda punk, os Beastie Boys abraçaram o hip-hop e mudaram para sempre o gênero. “Licensed to Ill” (1986) foi o primeiro álbum de rap a liderar a parada da Billboard, com faixas como “Fight for Your Right” e “No Sleep Till Brooklyn”. O trio – Adam “Ad-Rock” Horovitz, Adam “MCA” Yauch e Michael “Mike D” Diamond – misturava humor, rebeldia e samples inovadores. Mais tarde, álbuns como “Paul’s Boutique” (1989) demonstraram a capacidade do grupo de explorar territórios musicais complexos. A morte de MCA, em 2012, encerrou oficialmente a banda, mas sua contribuição ao rap e à música permanece indiscutível.

Genesis: transição do prog ao pop

A saída de Peter Gabriel em 1975 e de Steve Hackett em 1977 transformou o Genesis em um trio. Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford abraçaram um som mais acessível, lançando álbuns como “And Then There Were Three” (1978) e “Invisible Touch” (1986). Hits como “Land of Confusion” e “Tonight, Tonight, Tonight” dominaram as paradas. A última turnê do Genesis, em 2022, foi uma despedida emocionante de um dos trios mais versáteis da música..

Motörhead: a atitude do rock em três integrantes

Lemmy Kilmister, “Fast” Eddie Clarke e Phil “Philthy Animal” Taylor formaram o Motörhead em 1975, trazendo uma fusão de metal e punk com energia inigualável. “Ace of Spades” (1980) foi o álbum que definiu a banda, com a faixa-título se tornando um clássico instantâneo. O Motörhead encerrou suas atividades após a morte de Lemmy em 2015, mas sua contribuição à música pesada permanece viva.

Blink-182: o amadurecimento do pop punk

Inicialmente conhecido pelo humor irreverente e músicas aceleradas, o Blink-182 logo mostrou que havia profundidade por trás das piadas. Com “Dammit” (1997), o trio chamou atenção para a cena pop punk, mas foi com a entrada de Travis Barker em 1998 que a banda encontrou seu ponto de equilíbrio. O álbum “Enema of the State” (1999) apresentou hits como “All the Small Things” e “What’s My Age Again?”, enquanto faixas como “Adam’s Song” abordaram temas como depressão e suicídio. Com o passar dos anos, o Blink evoluiu, lidando com separações e reuniões, mas mantendo uma base fiel de fãs que cresceu junto com eles.

Cream: brevidade e genialidade

Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker formaram o Cream, um trio que combinava blues, rock psicodélico e improvisações virtuosísticas. Em apenas três anos, lançaram discos como “Disraeli Gears” (1967) e “Wheels of Fire” (1968), com clássicos como “White Room” e “Sunshine of Your Love”. Apesar das tensões internas, a qualidade musical do Cream consolidou sua reputação como um dos maiores trios da história do rock.

Agora é a sua vez, qual Trio do Rock você considera o melhor e quais faltaram serem mencionados nesse texto?

Autor

  • Julio Mauro

    Júlio César Mauro é um nerd de carteirinha e pai de duas meninas, com um jeito peculiar, às vezes um pouco ranzinza, e sempre lidando com o desafio de viver com TDAH. Sua carreira na música não foi como ele esperava, mas ele se destacou na TI, onde já soma 26 anos de experiência. Conhecido por ser franco e por um senso de humor afiado que nem sempre é entendido por todos, Júlio também teve uma fase como co-apresentador do programa Gazeta Games na Rádio Gazeta de São Paulo, onde mostrou seu lado gamer. E a música? Continua sendo uma de suas grandes paixões.

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