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Cristiano Varisco assina com gravadora holandesa em comemoração aos dez anos de seu debut solo Aline

Dez anos se passaram desde o lançamento do primeiro álbum solo do artista gaúcho Cristiano Varisco, intitulado Aline. Em seguida, o artista lançou Trilhas Sonoras para Filmes Imaginários e Lúcia McCartney. Para comemorar este momento singular, Cristiano acaba de assinar um contrato com a gravadora holandesa OOB Records, onde irá gravar seu quarto álbum, com previsão para meados de 2024, além do lançamento dos seus 3 primeiros discos em todas as plataformas digitais.

Aline, seu debut solo, de uma trilogia instrumental, foi lançado em novembro de 2013, com a produção do renomado Thomas Dreher e muitos convidados especiais. Logo após, Cristiano gravou mais dois títulos, em 2014 e 2015, respectivamente, intitulados Trilhas Sonoras para Filmes Imaginários e Lúcia McCartney. De forma independente, a trilogia de Cristiano Varisco alcançou diversas rádios independentes de diversos países. O álbum teve a tiragem de mil cópias, que se encontra esgotada, e contou com ótimas críticas da mídia especializada e bons números de vendas. Além disso, Cristiano Varisco circulou por várias cidades do Rio Grande do Sul e São Paulo, mostrando, ao vivo, sua performance musical, cheia de virtuosismo, técnica e, acima de tudo, muito sentimento e emoção. 

Contrato para novo álbum e novos formatos

Cristiano assinou esta semana com a OOB Records, gravadora holandesa que tem em seu catálogo diversos artistas independentes, de diversos países e com perfis que vão do jazz, passando pelo rock, indie, folk e demais estilos. A diretora da gravadora Kathy Keller comemora a entrada de Cristiano Varisco à família OOB Records: “Cristiano Varisco (Brasil), acaba de assinar contrato multi-lançamento com a OOB Records. Este mês marca o aniversário de 10 anos de ‘ALINE’, que ganhou reconhecimento mundial na cena do Rock Progressivo. Dez/2023, esta joia estará disponível em todas as plataformas digitais. Além disso, um novo álbum será lançado no verão/2024. Se você é fã de PROG instrumental com fusão de folk, rock, blues e guitarra clássica, este álbum de 16 faixas é para você. Bem-vindo à família OOB Records, Cristiano!”.

Para Cristiano, este é um momento de felicidade. Seu trabalho solo, após ter percorrido por diversos projetos com amigos e bandas ao longo de uma carreira de décadas na cena rock nacional, trouxe a certeza de que seus registros de adolescente e fitas cassetes engavetadas teriam que reverberar no mundo afora. “Estou muito feliz com este momento. Os trabalhos que fiz com Aline, Trilhas Sonoras para Filmes Imaginários e Lúcia McCartney foram de profundo sentimento e fizemos circular por muitas paragens. Embora eu seja da velha escola, onde gravamos discos e CDs, agora, chegou a hora de disponibilizar em formato digital para um maior alcance deste trabalho que tenho tanto carinho. Fico feliz por ter sido tão bem recebido pela OOB Records”, enfatiza o artista.

10 anos de Aline 

Aline, primeira incursão solo do músico e compositor Cristiano Varisco, trata-se de uma das mais bem-vindas novidades surgidas no atual cenário musical brasileiro. Desfiando suas peças musicais, o disco retrata a recente fase de ruptura vivida por Varisco. Ou seja, a divisão de sua vida entre os valores frívolos da cidade grande em contraposição à edificante vivência campeira em um álbum repleto de trilhas para viajar em paragens sonoras que primam pela autenticidade e, sobretudo, originalidade. 

A sonoridade prensada em Aline reflete as idas e vindas do guitarrista, cujo cotidiano ele divide entre os bucólicos caminhos rurais e as poluídas ruas e avenidas de Porto Alegre. Em 50 minutos de audição, o álbum passeia por gêneros tão distintos quanto, por vezes, “tradicionais”: folk, psicodelia, erudito, rock, blues, dentre outras sonoridades.

Em Aline, são 16 composições assinadas por Varisco, as quais inclinam-se fortemente na direção de um singular pendor instrumental – “rock-fusion”, assim digamos. Além disso, em seus digitais sulcos, Aline contempla gravações inéditas, releituras de antigas canções e, ainda, revela marcantes influências que Cristiano incorporou no trespassar de seus vinte anos de estrada. Ouve-se, igualmente, o velho blues tradicional – envenenado, todavia, por uma entonação “telúrica”. E, permeando o álbum, uma das “cerejas do bolo”, pode-se dizer, é a saborosa coleção de vinhetas, ruídos, sons aleatórios e, para fechar, quentes improvisos à base de rock progressivo – ora meditativos, ora contemplativos. A propósito, a Aline que dá nome ao disco, de fato, existe: é uma jovem talentosa, ilustradora e artista visual, que atua na cidade de Porto Alegre. 

Um dos belos destaques do álbum Aline, sem dúvida, é a especialíssima participação de um pequeno grupo vocal (peregrinos nômades que, na época das gravações, encontravam-se em Viamão, próximo a Porto Alegre) autointitulado “Coro de Música Cósmica Sul-Americana”. Outra ilustre presença é o tecladista Fabrício Carvalho, mais conhecido pela alcunha de “Astronauta Pinguim” (tocou com Edgard Scandurra, Júpiter Maçã, Daniel Belleza, entre tantos outros), um entusiasmado pesquisador de música eletrônica. No disco, Pinguim toca seu Moog e, de quebra, pilota suas traquitanas eletrônicas em lisérgicas vinhetas. Algumas delas de tonalidade concreta (uma dessas vinhetas trata-se da gravação do som, estranho e horripilante, emitido pelo canto do pássaro Urutau – ou “Ave Fantasma” – rara espécime de ave habitante dos campos de Viamão).

Aline foi gravado no verão de 2013, no estúdio do renomado produtor Thomas Dreher (Ultramen, Bidê ou Balde, Cachorro Grande). Durante a confecção do disco, levou-se em consideração, especialmente, delicado esmero para que, sonoramente, o “sonho musical” perseguido por Varisco fosse materializado. Valendo-se das palavras do próprio Varisco, buscava-se a “mais pura concepção vintage”. A produção de Aline contou com o luxuoso apoio da loja de instrumentos musicais “Guitar Garage” (pertencente ao bluesman Sólon Fishbone), a qual cedeu gentilmente os instrumentos e amplificadores – remanescentes das décadas de 60 e 70 – que dão a atípica estética que exuberantemente ressoa das 16 faixas do álbum. O produtor Thomas Dreher, por sua vez, diretamente de seu acervo de raros equipamentos de gravação, desencavou, por exemplo, os microfones que foram empregados para a captação de sons e obtenção de timbres. Timbres, aliás, são no disco especiais predicados que, ao ouvinte, faz-se necessário prestar atenção acuradamente.

Cristiano Varisco, além de guitarrista, é formado em jornalismo e licenciado em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É, também, professor de música na rede municipal de ensino. E, ainda, produtor musical e radialista. Participou do embrião de Os Daltons, a escrachada Folharada Blues Band, ao lado dos colegas de rádio, Mutuca, Julio Reny, Jimi Joe e tantos outros artistas gaúchos com os quais dividiu o palco, como Wander Wildner (Os Replicantes), Tchê Gomes (TNT), Marcelo Gross (Cachorro Grande), Alemão Ronaldo, Fábio Ly (Bandaliera), King Jim (Garotos da Rua), Biba Meira (De Falla), Gabriel Guedes (Pata de Elefante), Frank Jorge e Flávio Chaminé (in memoriam). Trabalhou, por fim, ao lado do maestro Tiago Flores (Orquestra de Câmara da ULBRA) como solista nos Concertos DANA, em 2009. Fora isso, acompanhou o carioca Ras Bernardo (primeiro vocalista do Cidade Negra) em suas excursões de reggae ao redor do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.   

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