David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, revisitou suas memórias sobre o nu metal e apontou as quatro bandas que, em sua visão, representam os pilares do gênero. Durante um episódio do The David Ellefson Show, ele refletiu sobre a ascensão desse estilo no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, além de relembrar as primeiras turnês ao lado de grupos que ajudaram a definir o som da época.
Para Ellefson, o nu metal não se encaixa exclusivamente como um gênero musical, mas sim como um período dentro do rock e do metal. “Foi uma era, certo?”, comentou ao lado do coapresentador Joshua Toomey, ex-baixista do Primer 55. Ele destacou que a sonoridade das bandas desse movimento variava bastante, com grupos como Static-X e Limp Bizkit sendo classificados dentro da mesma categoria, apesar das diferenças evidentes entre suas abordagens musicais.
O baixista recordou a experiência de levar o Static-X para a estrada quando ainda fazia parte do Megadeth e mencionou sua admiração pelo grupo liderado por Wayne Static. “Eu realmente gostei deles. Tinham um som interessante e essa pegada industrial que sempre curti”, comentou. Ellefson citou também sua afinidade com o Ministry, um dos precursores dessa fusão entre metal e música eletrônica.
Ao ser questionado sobre quais bandas poderiam compor um “Big 4” do nu metal, o ex-Megadeth fez uma analogia com o thrash metal, que tem Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax como seus quatro principais expoentes. Seguindo essa lógica, ele listou Korn, Limp Bizkit, Linkin Park e Slipknot como os principais representantes do nu metal, destacando a influência duradoura de cada um dentro do gênero.
Ellefson revelou que, no início, teve dificuldades para se conectar com algumas dessas bandas. O Korn, por exemplo, causou estranheza quando abriu para o Megadeth em 1995. “Peguei o CD e pensei: ‘Isso é bem esquisito’. Era um momento de transição. Não lembro quais eram os outros álbuns que ouvi na época, mas nenhum deles pertencia ao tipo de som que normalmente escolheríamos para abrir nossos shows”, contou. Apesar da surpresa inicial, o Korn se consolidou rapidamente como um dos nomes mais importantes da nova geração do metal.
Quando o assunto foi Linkin Park, Ellefson admitiu que a banda não o cativou de imediato. “Eu entendia por que as pessoas gostavam, mas não era minha praia”, confessou. No entanto, sua percepção mudou ao longo dos anos, e hoje ele vê o grupo de forma diferente. “Com o novo vocalista, acho que a banda está muito legal. Estou ansioso para vê-los ao vivo.”
Entre os nomes citados, o Slipknot foi o que mais chamou sua atenção desde o começo. “Eles chegaram com tudo. Foram os grandes nomes desse movimento das bandas mascaradas”, afirmou. O músico reconheceu que o Slipknot não foi o primeiro grupo a adotar o uso de máscaras no metal, lembrando do Mushroomhead como um dos pioneiros nessa estética. No entanto, destacou que a banda de Iowa conseguiu transformar essa identidade visual em um dos elementos mais marcantes do nu metal.
Ao longo da conversa, Ellefson reforçou a importância dessas bandas para a popularização do metal nos anos 2000 e reconheceu que o impacto do nu metal continua até os dias de hoje. “Cada uma dessas bandas trouxe algo novo para o metal. Seja o groove do Korn, a energia do Limp Bizkit, a fusão de estilos do Linkin Park ou a agressividade do Slipknot, todas elas deixaram sua marca”, concluiu.
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