Após décadas de idas e vindas, David Ellefson voltou a comentar publicamente sobre seu relacionamento com Dave Mustaine. O ex-baixista do Megadeth participou do programa The Delz Show, onde falou com franqueza sobre o passado compartilhado com o líder da banda e os últimos anos de convivência.
“Eu também sinto falta do Dave”, disse Ellefson ao ser questionado sobre a antiga parceria. “Algumas das melhores histórias da minha vida começam com ‘na época em que eu e o Dave…’. Nós vivemos coisas intensas juntos naquela banda.” A declaração foi reproduzida pelo Blabbermouth.net.
Apesar de não manter contato recente com Mustaine, o baixista afirmou que guarda boas lembranças da amizade e das turnês. “Sempre que tivemos uma briga e nos reencontramos, era como se o tempo não tivesse passado”, contou.
Ellefson foi desligado do Megadeth em 2021, após o vazamento de vídeos íntimos e mensagens com teor sexual, divulgados nas redes sociais. A saída colocou fim à segunda passagem do músico pela banda, que havia começado em 2010 com a turnê comemorativa de “Rust in Peace”.
Em maio de 2024, durante entrevista ao podcast The Candid Mic with Fran Strine, Ellefson relembrou os bastidores de seu retorno em 2010. Segundo ele, a princípio, a volta seria temporária. “Disse que voltaria por um mês, só para terminar a turnê. Mas tudo correu bem.”
Naquele momento, ele já não era mais sócio da marca Megadeth. “Voltei como músico contratado. E estava bem com isso”, explicou. Para Ellefson, abrir mão da estrutura empresarial foi uma forma de reduzir o estresse nas turnês. “Quando você é dono, também é o último a receber e o primeiro a arcar com os prejuízos.”
Durante essa fase, o Megadeth participou da turnê Big Four, ao lado de Metallica, Slayer e Anthrax. Para Ellefson, foi um momento especial. “Todos estavam de volta: Joey Belladonna no Anthrax, Dave Lombardo no Slayer. Havia entusiasmo com cada banda individualmente, e também juntas.”
O baixista permaneceu por mais de uma década nessa segunda fase com o Megadeth, período em que a banda conquistou um Grammy. Para ele, esses anos ajudaram a completar a trajetória construída com Mustaine desde os anos 1980.
“Acho que muita coisa precisava ser encerrada. Foram bons capítulos. Se não tocarmos juntos de novo, tudo bem. Mas se acontecer um dia, veremos como será”, afirmou.
Atualmente, Ellefson se dedica a novos projetos musicais e garante não ficar preso ao passado. “Não parei. Apenas continuei”, disse no fim da entrevista.
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