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Espólio de Joey Jordison chega a acordo com o Slipknot após processo judicial

O espólio de Joey Jordison, ex-baterista do Slipknot, resolveu o processo judicial movido contra a banda de nü metal, após alegar irregularidades envolvendo a demissão do músico e o não retorno de seus pertences pessoais. O acordo foi alcançado em setembro, pouco mais de dois anos após a morte de Jordison, que faleceu em julho de 2021 aos 46 anos.

O processo foi inicialmente movido em junho de 2023, com o espólio de Jordison acusando o Slipknot de se beneficiar financeiramente da morte do baterista e de reter “pelo menos 22 itens” que pertenciam ao músico, apesar da promessa de devolução por parte dos integrantes. Agora, de acordo com documentos obtidos pelo site Blabbermouth, ambas as partes chegaram a um acordo incondicional no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, com o pedido de rejeição do processo sendo protocolado em 17 de setembro. Os detalhes do acordo, no entanto, não foram divulgados.

Joey Jordison foi um dos membros fundadores do Slipknot, juntando-se ao grupo em 1995. Ele fez parte da formação que revolucionou o gênero no final dos anos 1990, ao lado de figuras como o percussionista Shawn “Clown” Crahan, o baixista Paul Gray e o vocalista Anders Colsefni, que seria substituído por Corey Taylor em 1997. O Slipknot lançaria seu álbum de estreia autointitulado em 1999, estabelecendo o grupo como uma das maiores bandas de nu metal da época.

A saída de Jordison do Slipknot em 2013 foi cercada de controvérsias. Em entrevista à Metal Hammer em 2016, o baterista revelou que foi demitido por e-mail, após os demais membros acreditarem que ele estava lutando contra o vício em drogas. Jordison, no entanto, esclareceu que sua performance na bateria estava sendo impactada por uma condição neurológica chamada mielite transversa, que comprometeu suas habilidades motoras. “Eu não desejaria isso nem para o meu pior inimigo”, disse o baterista na ocasião.

O processo movido pelo espólio de Jordison alegava que ele havia chegado a um acordo com Crahan e Taylor em 2015, no qual o Slipknot compraria sua participação na banda. Como parte do acordo, os pertences pessoais de Jordison deveriam ser devolvidos, algo que, de acordo com a acusação, não ocorreu. Além disso, o espólio afirmava que os itens foram usados pela banda em uma exposição itinerante dedicada à memória do músico após sua morte.

Recentemente, Shawn “Clown” Crahan, um dos membros fundadores do Slipknot, comentou em entrevista ao Knotfest que havia uma possibilidade de reconciliação entre Jordison e a banda antes de sua morte. “Havia uma chance de termos voltado a tocar juntos. Não posso afirmar com certeza, mas havia uma maior probabilidade de sim do que de não, por causa da amizade, do tempo que passou e da compreensão das circunstâncias”, disse Crahan, refletindo sobre a relação com o baterista.

Com o processo encerrado, encerra-se também um capítulo de conflitos entre o espólio de Joey Jordison e o Slipknot. Embora os detalhes do acordo permaneçam confidenciais, o legado de Jordison, tanto dentro da banda quanto no cenário do metal, continua vivo para os fãs e para os ex-colegas de palco.

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