The Seeker (streaming e videoclipe) é o segundo lançamento do Hungrs, projeto criado entre pai e filho. Marcos, o pai, de 44 anos, e o filho, Lucca, de 16 anos, foram um duo que aposta em riffs com muito groove e peso, com vocais rasgados e graves.
The Seeker é ainda mais pesada do que o single de estreia, Somebody Says, que para os músicos, se aproxima mais do tipo de som principal da Hungrs.
A nova música escancara um instrumental rápido e agressivo, com blast beats e riffs bem palhetados, se assemelhando com algumas outras que estão por vir no álbum. “Bagunça do começo ao fim”, sintetiza Lucca, quem assina as composições e gravações de todos os instrumentos (bateria, guitarras e baixo), enquanto Marcos fica com as letras e vozes.
The Seeker faz uma alusão a uma brincadeira de esconde-esconde, onde na verdade é alguém que já fez muita coisa errada e sempre se dá bem, mas que dessa vez será pego. Essa letra conta mais uma situação fictícia do que um acontecimento real, mas que passa a mensagem de que não vale a pena fazer mal aos outros (toda boa vontade deve prevalecer).
Assista abaixo The Seeker do The Hungrs
Artista turco assina a capa
A capa do novo single The Seeker, assim como na música de estreia (Somebody Says), é assinada pelo artista turco Abidin Katipoğlu. Mais uma vez, o termo que dará nome ao álbum, Simbiose (associação entre dois seres vivos que vivem em comum), norteia os traços da arte.
Próximo single
A Hungrs lançará um terceiro single antes do álbum Simbiose, que mostrará outra faceta do trabalho de Marcos e Lucca. O filho comenta sobre o que podem esperar:
“Separamos três singles para o álbum, o meio termo, o pesado, e o leve. Assim o público pode ter uma noção do som do álbum, que é o próprio conceito de lançar singles, mas ainda assim, tem várias coisas interessantes que virão apenas no lançamento. Estou animado para ouvir todas as faixas prontas, em sua devida ordem nas plataformas, vai ser bonito”.
Assistir juntos as bandas de coração
Ir a shows é um hobby e um trabalho de campo para Marcos e Lucca.
“Fomos recentemente ao Knotfest Brasil, nos dois dias, e é um banho de inspiração — além da vontade gigante de um dia estar ali do outro lado, no palco. É um sonho que vamos sem dúvidas buscar aos poucos! Este ano fomos também ao do Sepultura, na turnê de despedida da banda. Fomos ao Knotfest anterior, de 2022, e ao show do Mastodon e Gojira no ano passado”, conta o pai.
Para Lucca, agora como músico e compositor, ir a shows é se imaginar no lugar das bandas no palco. “É demais ver as bandas que você ouve há tanto tempo, ali, na sua frente. Além de curtir a música, acho que o mais surreal nos shows é ver os criadores, no palco, tocando suas composições, com o estádio inteiro vibrando junto”.
Hungrs, entre pai e filho
Marcos, lá pelos seus 20 e poucos anos, montou uma banda autoral chamada Autofobia, na cidade de Santos (SP). Com alguns shows locais e uma meia dúzia de músicas, não deu tempo de decolar, outras responsabilidades chamaram e o grupo se desfez.
Agora, de forma a incentivar seu filho mais velho, deu a ideia de formar essa banda para ele desenvolver a criatividade em composições. E assim começou a Hungrs. Lucca faz aulas de bateria desde os 7 anos de idade, e também faz aulas de guitarra há vários anos.
Gravando em casa, Lucca vai compondo as músicas, toda a parte instrumental. Depois Marcos vai ouvindo e, conforme se inspira, começa a escrever para cada uma delas.
Pra garantir a qualidade final das músicas, quem mixa e masteriza é o Jonathas Peschiera (da Noiseforge; também baixista da banda AXTY, de Campinas).
A formação musical do Lucca veio naturalmente por influência do gosto do pai, que sempre colocou as músicas pra tocar enquanto dirigia, ou assistindo a shows e clipes em casa.
Por isso várias bandas são as preferidas de ambos, como Korn, Deftones, Slipknot, Tremonti e muitas outras que fica difícil listar. Lucca gosta muito também de Gojira, enquanto Staind é uma das influências de Marcos.
As músicas, em inglês (pra aumentar o alcance de público e também por sentir encaixar melhor com o tipo de som), falam sobre sentimentos, angústias e acontecimentos da vida.
Lucca conta que está muito animado com o projeto. “Estou muito animado com esse projeto. É uma chance de finalmente mostrar para as pessoas o que eu venho criando em casa, juntamente com meu pai, que contribui com muitas ideias boas, que elevam as músicas para o melhor. O bom dessa parceria é a conexão entre nós, principalmente no gosto musical”.
Deixe um comentário