Pedro Jules no “Ocidente Acústico”!

Pedro Jules é cantor e compositor. Lançou os álbuns Antes que as cores façam sentido (2020) e Um Fantasma na Multidão (2023).  Já teve faixas dos seus álbuns tocadas pelas rádios 102.3 Porto Alegre, Clube 88.5, Mutante Rádio, Peep FM, Dinâmico FM, Rádio Armazém e IndieGo Rádio  (ARG). Participou das coletâneas Lisérgico Brasil Vol 2 (2023) e Supersons Volume 2 (2023) da Bem Bolado Discos. Foi também a atração de abertura do Paralelo Festival 2021, sendo o artista mais votado pelo público para participar do evento, e também atração de abertura do Morrodália 2022.  

Segundo o poeta e músico Everton Cidade, da banda Viana Moog:  

“Força. Devassa força. Aqui tem sexo e morte. E se tem sexo e morte ;  tem vida. Elétrica vida épica.O Rock and Roll gaúcho e brasileiro precisam de poetas. E Pedro Jules é um grande poeta. Culto. Cult. Sexy. A banda é densa;  barulhenta e intensa. Seu som fica no espaço/tempo da virada dos anos 1960 para os anos 1970. Acompanhamento perfeito para o vocal glam apaixonado e visceral. Só consigo achar paralelos com a banda Maria Angélica Não Mora Mais Aqui; banda cult do genial poeta surrealista Fernando Naporano. Adentre o som massivo doce dolorido desse belo Um Fantasma na Multidão. Esse mundo de vagalumes em navalhas amarelas é o que precisamos. 

Potência e lirismo glam num rock remissivo combustível para o fogo neon. Um rock excitante como pouco se ousou ser feito na nossa terra do Monstro Mesmice .Tudo nessa gravação é urgente como os poemas de Murilo Mendes ou Hilda Hilst e elegante como a poesia de Fernando Naporano (ouço o mesmo abandono vocal e poético em Pedro Jules).A música é próxima dos momentos mais porra louca de Rita Lee e Tuti-Fruti. É a cólera em asas de colibri que aqui é cantada com paixão avassaladora em lisergia ,poesia e odes aos amores modernos. 

É para quem curte navalhas e cerejas. Como o primeiro disco do Barão  Vermelho e todos do Maria Angélica Não Mora Mais Aqui.”

 Pedro Jules é o nome artístico de João Pedro Wapler,  porto-alegrense autor dos livros de poesia Translúcido (2014, Letra1) e Fábula do Afeto (2021, Letra1), finalista do Prêmio Alceu Wamosy da Academia Riograndense de Letras e vencedor do Concurso Literário Mario Quintana 2021.  Publica seus poemas no jornal Zero Hora desde 2006. Pedro também é fotógrafo e estudou teatro. Ator formado pela Casa de Teatro de Porto Alegre,  protagonizou o curta Folha em Branco (Dir. Iuli Gerbase) do Histórias Curtas 2011 RBSTV-Globo. Também mantém o perfil @cinecisnestudio no Instagram para seu trabalho fotográfico. 

Segundo Fernando Naporano, poeta, jornalista e músico fundador da  banda Maria Angélica Não Mora Mais Aqui:  

“A obra soa como se um ávido pesquisador e colecionador de peso  tivesse achado um dos chamados “Holy Grails” que ilustram a série de 

livros “Record Collector Dreams” de Hans Pokora. É um trabalho, ao largo de todo o seu conteúdo, impossível de ser inserido nas sonoridades contemporâneas, tanto pelo vigor de sua identidade como também pela respiração etérea de sua produção. Sobretudo, um Fantasma-Não-Identificado, que flutua em específicas escalas de psicodelia britânica, utiliza adereços da seara “glitter-popster” e absorve, em passes de mágica, a sutilidade de um Ney Matogrosso em sua trajetória “arty-folk-rock” dos anos 70″. 

Em 2022, o artista transformou uma das casas da chácara de sua família em Canela, na Serra Gaúcha, no Estoril Estúdio (@estorilestudio). O ambiente de madeira rústico e amplo, serviu de cenário perfeito para as experimentações sonoras da banda. Segundo Pedro, “o estúdio é como uma  nave espacial, onde é possível fazer um cosmic rock, resgatando as raízes  sonoras etéreas que me interessam.” 

As letras surrealistas do artista transitam entre a iconografia religiosa,  o erotismo e a cultura underground. O instrumental da banda é cru e colorido.  Há uma busca deliberada pela crueza do rock em estado bruto, temperado 

pela delicadeza cortante das letras. A nova formação da banda de Pedro com Luan Klaus (guitarra), Milton Aguiar (guitarra solo), Gustavo Tomé (baixo) e João Lazaretti (bateria) incorporou à performance poética do cantor toda potência de uma formação clássica de banda de rock, que transita entre o rock brasileiro setentista, o glam rock, folk, garage e hard rock, além de nuances de rock gaúcho.  

Veja a serviço completo do show do Pedro Jules no Ocidente Acústico.

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