Max Cavalera, vocalista do Soulfly, confirmou em entrevista ao Metal-Roos que a banda está trabalhando em um novo álbum, previsto para 2025.
O disco, que será o sucessor de Totem (2022), promete trazer de volta o som tribal e visceral que marcou os primeiros anos do grupo. “Será muito tribal, de volta ao básico. Vou deixar o Soulfly ser o Soulfly novamente”, declarou Max, conforme transcrição do site Blabbermouth.net.
Ele acrescentou: “Eu meio que impedi o Soulfly de ser o Soulfly por alguns anos, e me arrependo um pouco disso. Mas agora, com meus outros projetos como Cavalera, Go Ahead and Die e Killer Be Killed, posso permitir que o Soulfly retorne ao que era no início: aquele poder do groove tribal que as pessoas amam.”
Aos 55 anos, completados em agosto, Max revelou que não tem planos de desacelerar. “Fui colocado neste planeta para fazer isso, e é tudo o que quero fazer… Subir no palco, sentir os arrepios, a excitação — é como uma droga. Você não consegue isso em nenhum outro lugar”, afirmou.
Sobre o processo criativo e sua filosofia de vida, ele destacou: “Vivo o agora. Não sei o que acontecerá daqui a 10 anos, então agarro cada momento com as duas mãos e tento ensinar isso aos meus filhos. É bom estar vivo, é bom compartilhar isso com as pessoas ao seu redor.”
Max também mencionou, em entrevista à Metal Express Radio em setembro, que o novo álbum será “um pequeno retorno ao Soulfly antigo”. Ele comparou o projeto atual aos primeiros trabalhos da banda. “Sinto que havia uma magia nos primeiros discos que se perdeu ao longo dos anos. Para mim, este novo álbum é como uma segunda chance de criar o que deveria ter vindo depois de Primitive (2000). Estou tentando resgatar a vibe de Soulfly (1998) e Primitive. Vai ser algo muito especial.”
Enquanto trabalha no novo material, o Soulfly segue promovendo Totem, lançado em agosto de 2022 pela Nuclear Blast. O álbum, produzido por Max em parceria com Arthur Rizk (Kreator, Municipal Waste, Code Orange), foi gravado no Platinum Underground, no Arizona, e conta com participações de John Powers (Eternal Champion), Chris Ulsh (Power Trip) e John Tardy (Obituary). A arte do disco foi assinada por James Bousema. Sobre o lançamento, Max celebrou o resultado: “É um álbum muito forte, e trabalhar com Rizk trouxe uma energia diferente para o projeto.”
A banda recentemente concluiu a turnê “Superstition” pelos Estados Unidos, com shows que contaram com o suporte de Eyehategod, Mutilation Barbecue e Skinflint. Com a agenda movimentada e um novo álbum no horizonte, o Soulfly demonstra que, mesmo décadas após sua formação, ainda está em plena forma criativa e com energia renovada para continuar sua jornada no metal.
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