Lançado em 1972, Thick as a Brick é o quinto álbum de estúdio da banda inglesa Jethro Tull e um marco na história do rock progressivo. Uma obra-prima conceitual dividida em duas partes, o álbum narra a história de um menino prodígio chamado Gerald Bostock e sua crítica à educação tradicional.
O Jethro Tull, liderado pelo carismático flautista e vocalista Ian Anderson, já havia conquistado fãs com álbuns como Aqualung e Benefit. No entanto, Thick as a Brick foi um passo ousado e inovador. O álbum é uma única faixa de aproximadamente 43 minutos, dividida em duas partes para caber nos lados de um LP. A capa do álbum, uma sátira aos jornais sensacionalistas, também chamou a atenção.
Unindo Folk, Rock e Teatro
Thick as a Brick é uma fusão inovadora de folk, rock e teatro. A banda incorpora elementos de música folclórica inglesa, como flautas e violões acústicos, com a energia e a complexidade do rock progressivo. A teatralidade da obra se manifesta na narrativa, nos vocais expressivos de Ian Anderson e na utilização de instrumentos incomuns, como o bandolim e o piano de cauda.
Folk e Rock: A influência do folk é evidente nas melodias acústicas e nas letras poéticas. O uso da flauta por Ian Anderson adiciona um toque pastoral e mágico. Por outro lado, o rock está presente nos riffs de guitarra, na seção rítmica vibrante e na energia geral da música.
Teatralidade: O álbum é apresentado como uma longa poesia épica escrita por um fictício garoto prodígio chamado Gerald Bostock. Essa persona fictícia e a narrativa teatral dão um ar de mistério e intriga à obra. A voz expressiva de Ian Anderson, suas mudanças de tom e a interpretação dramática contribuem para a teatralidade.
As Faixas
Parte 1: Começa com uma introdução suave e logo se transforma em uma jornada musical repleta de mudanças de ritmo e dinâmica. Os solos de guitarra e os momentos mais intensos são intercalados com passagens mais suaves. Ela é dividida assim:
Thick as a Brick: A faixa principal do álbum, dividida em sete partes, narra a história de Gerald Bostock. A música é complexa e rica em detalhes, com momentos calmos e melódicos intercalados com outros mais intensos e instrumentais.
Minstrel in the Gallery: Uma parte instrumental com destaque para a flauta de Ian Anderson.
Interview: Uma parte com diálogos entre Gerald Bostock e um entrevistador.
Mother Goose: Uma parte com um ritmo mais leve e influências da música folclórica inglesa.
Acrobat: Instrumental com destaque para a guitarra de Martin Barre.
Child in Time: Uma seção melancólica com vocais expressivos de Ian Anderson.
Last Straw: Com um instrumental intenso que culmina na conclusão da história de Gerald Bostock.
Parte 2: É composta porThe Poet and the Bum, uma faixa mais curta e melancólica que reflete sobre a história de Gerald Bostock. A música é dominada pelo piano de cauda e pelos vocais expressivos de Ian Anderson.
Importância e Relevância
Thick as a Brick é um divisor de águas no rock progressivo. Sua estrutura inovadora influenciou outros artistas a experimentar formatos longos e conceituais. O álbum também desafiou a ideia de que o rock deveria ser fragmentado em canções curtas e comerciais.
Para o mundo da música, Thick as a Brick é uma declaração de liberdade criativa. Ele nos lembra que a arte pode ser ousada, desafiadora e imersiva. Mesmo após décadas, sua relevância permanece intacta, e sua audição é uma experiência única e enriquecedora.
Músicas que Influenciaram Thick as a Brick
“In the Court of the Crimson King” – King Crimson
“A Saucerful of Secrets” – Pink Floyd
“Close to the Edge” – Yes
“Trespass” – Genesis
Músicas Influenciadas por Thick as a Brick
“2112” – Rush
“Supper’s Ready” – Genesis
“The Dark Side of the Moon” – Pink Floyd
“In the Wake of Poseidon” – King Crimson
A capa do álbum foi desenhada por Ian Anderson.
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