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Lady Gaga atinge a genialidade jazzística em “Harlequin”

Que Lady Gaga é uma artista completa é algo que nós não devemos negar. E para os fãs que torcerem o nariz, só podemos dizer: Supera!

Nesse sentido, com o lançamento de Harlequin, fica mais perceptível o quanto o apogeu em que todos achávamos que ela estava na verdade está próximo da base. Ainda tem muito para mostrar.

O álbum, que irá ser complementado pela trilha sonora oficial de Joker: Folie à Deux, é composto por covers. Dentre eles That’s Life, Good Morning e If My Friends Could See Me Now.

Com uma jazz band de fundo, dando brilhantismo à versatilidade vocal de Gaga, o disco tem tudo para surpreender. E o que você espera, na verdade é muito pouco para o que você está querendo.

Enquanto o álbum já abre com Good Morning, faixa que ficou popularizada no filme Cantando na Chuva, ele segue no embalo com Get Happy. A faixa ficou mais associada a Judy Garland em seu último filme da MGM, Summer Stock.

Um dos ápices vem pelo som de orgão e toda a metaleira da banda em Oh, When It Saints, uma faixa tradicional religiosa americana. World on a String também se faz presente. A faixa originalmente feita por Harold Arlen em 1932, sendo regravada por Cab Calloway e Frank Sinatra ganha uma repaginada com guitarras e totalmente obscura. O que, aliás, não tira o crédito.

If My Friends Could See Me Now deve fazer parte de uma cena emocionante no longa. Originalmente ela veio de uma cena amorosa de Gwen Verdon para a peça da Broadway, Sweet Charity.

Seguimos com That’s Entertainment de The Band Wagon, estrelado por Fred Astaire e Cyd Charisse e também Smile, escrita por Charles Chaplin.

EmThe Joker da peça The Roar of the Greasepaint – The Smell of the Crowd, Gaga rosna, enloquece, berra e se entrega. Definitivamente, é uma obrigação estar na seleção, tanto pela música quanto pela genialidade e sacada.

A valsa Folie à Deux e Gonna Build A Mountain já entrega um ar de fechamento até sermos atingidos pela sutileza de Close To You. Contudo, Happy Mistake traz uma delicadeza emocionante com a presença de apenas um violão. Aliás, a faixa foi escrita por Germanotta (entenderam?) e Michael Tucker.

Finalizando, That’s Life é um deleite de uma genialidade, clareza e expertise extrema. Portanto, Tony Bennett, de onde estiver, bate palmas de pé, freneticamente e orgulhoso.

Aliás, o filme já está com a expectativa nas alturas. E ainda assim, Lady Gaga conseguiu entregar um álbum digno do alto escalão da Broadway e do jazz.

Em conclusão: As expectativas só aumentaram.

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3 respostas para “Lady Gaga atinge a genialidade jazzística em “Harlequin””

  1. Avatar de Julio Mauro

    Lady Gaga pode ser meio doidinha, e a maioria dos discos não é muito a minha vibe, mas cara, essa mulher canta demais.

    Álbum incrível!

    1. Avatar de Luis Fernando Brod
      Luis Fernando Brod

      Ela acertou nesse disco.

  2. Avatar de Cássio Toledo
    Cássio Toledo

    Como a parceria com Tony Bennett fez bem a carreira dela. Desde então, vem fazendo ótimos trabalhos, longe daquele pop comercial do início da carreira dela. Um dos melhores discos de 2024!

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