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Os 30 anos da estreia do Raimundos

O álbum de estreia dos Raimundos comemorou seu 30º aniversário no último dia 2 de abril, marcando um capítulo significativo na história da música brasileira. Lançado sob o selo Banguela Records, o disco homônimo rapidamente se tornou um sucesso devido à sua fusão única de elementos da música do Norte do Brasil com o rock pesado.





A jornada dos Raimundos para o estrelato foi marcada por uma combinação de talento musical e controvérsia. Com faixas como “Selim” e “Puteiro em João Pessoa”, o álbum desafiou tabus e provocou debates acalorados, capturando a imaginação de uma geração que buscava uma expressão autêntica.





Gravado no lendário estúdio Be Bop, em São Paulo, o álbum recebeu o toque mágico de Carlos Eduardo Miranda, cuja habilidade em extrair o melhor dos músicos resultou em um trabalho de qualidade excepcional. Mesmo com recursos limitados, a produção brilhante elevou o disco a um status de clássico instantâneo.

As guitarras distorcidas e o baixo pulsante deram vida às letras ousadas e provocativas, transformando faixas como Nêga Jurema, Marujo e Palhas do Coqueiro em hinos instantâneos. Com uma mistura única de sacanagem e melodia, os Raimundos solidificaram sua posição como ícones do rock nacional.

Credito: Rui Mendes

O começo de tudo

Rodolfo Abrantes, um guitarrista em busca de companhia musical, encontrou o baterista Digão em 1987, pois ambos residiam na mesma rua em Brasília. Enquanto um tinha predileção pelos Ramones, o outro era apaixonado pelos Dead Kennedys.

Não demorou muito para que recrutassem o baixista Canisso e, assim, o grupo deu seus primeiros passos. O primeiro show aconteceu na casa de Gabriel Thomaz, do Autoramas, durante o Réveillon de 1988. Entre os presentes estava Fred Castro, futuro baterista da banda, embora esse destino ainda estivesse longe.

O repertório inicial era composto por covers e músicas originais, mas desde então a identidade sonora do grupo estava firmemente estabelecida. Era punk, porém com influências nordestinas marcantes, em um estilo que eles mesmos denominaram “forró-core”.

Mas isso tudo ainda era pouco, já que o grupo era conhecido apenas em Brasília. Até que em 1992 surge uma oportunidade de tocarem em um bar em Goiânia. Porém, o trio enfrentou uma dificuldade: Digão, até então baterista, não podia mais tocar bateria e acaba virando guitarrista. Até tentaram fazer este show utilizando uma bateria eletrônica, mas acabou não dando certo.

Foi nesta hora que Fred ressurge e assume a posição de baterista. O resto é história.

Faixas

Puteiro em João Pessoa
Palhas do Coqueiro
MM’s
Minha Cunhada
Rapante
Carro Forte
Nêga Jurema
Deixei de Fumar
Cajueiro / Rio das Pedras
Bê a Bá
Bicharada
Marujo
Cintura Fina
Selim
Puteiro em João Pessoa II
Selim acústico

Em 2022 o guitarrista Digão participou do MINHA VIDA ENTREVISTA. O link para rever esta entrevista está abaixo:

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