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Furiosa: Uma saga Mad Max

Furiosa: Uma saga Mad Max





Ódio e vingança construindo bons personagens





A trilogia clássica Mad Max, criada pelo visionário diretor australiano George Miller, praticamente definiu um estilo de filme pós-apocaliptico, com sua identidade visual e estética próprias, o que posteriormente seria copiado à exaustão, rendendo uma diversidade de filmes genéricos de qualidade duvidosa.

Lançada entre os anos de 1979 a 1985, a saga Mad Max impulsionou a carreira de Mel Gibson, levando-o ao estrelato. Max Rockatansky, o protagonista vivido pelo ator americano, é um ex-policial que após perder tudo, precisa sobreviver em um futuro distópico, onde o planeta e a sociedade colapsaram.

Apesar do primeiro “Mad Max” (1979), ser praticamente um filme underground, com seu baixíssimo orçamento e destoar bastante dos demais, as sequências “Mad Max 2 – A caçada continua” e “Mad Max – Além da Cúpula do trovão” (1985), fizeram muito sucesso, tornando a franquia um dos ícones do cinema de ação oitentista.

Trinta anos depois, em 2015 veio, novamente pelas mãos de George Miller, a sequência “Mad Max: Estrada da Fúria”, agora com Tom Hardy assumindo o papel de Max e Charlize Theron, a incrível “Furiosa”, uma nova personagem introduzida na franquia. Nas palavras de Miller, “Estrada da Fúria” não é bem um reboot, mas sim “uma revisitação do universo Mad Max”.

Respeitando a estética e expandindo o universo da trilogia clássica, o filme foi um sucesso instantâneo, aclamado pelo público e pela crítica especializada. “Mad Max: Estrada da Fúria” foi indicado a nada menos que 10 Oscars (incluindo melhor filme e melhor diretor), vencendo em 6 categorias.  Uma sequência, portanto, era inevitável.

“Furiosa: Uma saga Mad Max” é o novo capítulo da franquia e na verdade trata-se de um spin-off que serve como prelúdio para “Estrada da Fúria” contando a origem da personagem. Vivida agora por Anya Taylor-Joy, “Furiosa” tem pouquíssimas falas no filme, mas seu arco dramático e intenso, motivado unicamente por ódio e vingança. Seu antagonista é o vilão Dementus, interpretado por Chris Hemsworth, um personagem repleto de camadas, que consegue assustar e ao mesmo tempo divertir, com o timing cômico característico do ator.

As comparações com o restante da saga e principalmente com “Estrada da Fúria” são inevitáveis, mas “Furiosa” cumpre bem o seu papel. A assinatura visual do universo caótico e violento de Mad Max está lá, juntamente com as cenas de ação impressionantes, veículos bizarros, perseguições frenéticas e efeitos práticos inacreditáveis (porém, abusando um pouco mais do CGI dessa vez). Se você é fã da franquia, é um filme obrigatório.

Autor

  • Douglas Gouveia

    Douglas Gouveia é nerd e frequenta os porões da internet desde os bons tempos da conexão discada. Casado, pai de duas filhas e avô (mas já?!), vive o conflito geracional por alguns jovens não entenderem como é possível ele se dizer roqueiro, mas curtir Dua Lipa e outras popzeras. Tecladista semi aposentado, colecionador de discos e outas tranqueiras, apaixonado por música, livros, fotografia e cinema.”

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