O verdadeiro bloco na rua

Aos 83 anos, Ney Matogrosso, um dos maiores cantores de todos os tempos, vive um grande auge de sua longeva e espetacular carreira — sendo que sua trajetória inteira já é, por si só, um eterno auge.

Está em cartaz o filme que conta sua história,*“O Homem com H”; lançou recentemente um disco em parceria com Criolo; e segue na estrada com “Bloco na Rua”, uma das turnês mais bem-sucedidas de sua carreira, em cartaz há quase 5 anos, com shows lotados do Norte ao Sul do Brasil.

No mesmo dia da pré-estreia nacional do filme, realizou um show com lotação esgotada no @araujoviannaoficial. No público, muitos idosos — mas também jovens de 18, 20 anos.

Ney soube renovar sua sonoridade ao longo das décadas e, com isso, acompanhou a renovação e ampliação do seu público. Hoje, une admiradores do rock, metal, samba, chorinho, reggae, trap, bossa nova, forró… Ney ultrapassa gêneros. Ney é gênero próprio.

Por volta das 21h15, o telão subiu e revelou o palco: banda posicionada, luzes acesas, um imenso painel de LED ao fundo. Tudo pronto para receber o Homem com H.

Eis que surge Ney, com seu macacão dourado criado pelo renomado estilista Lino Villaventura, parceiro de longa data. Ele abre o show com “Eu Quero Botar Meu Bloco na Rua”, de Sérgio Sampaio — um verdadeiro hino de resistência contra o regime militar nos anos 70.

O show foi uma explosão de emoções, cores e conexões — daquelas que só Ney é capaz de provocar. Uma noite para ficar na memória de todos os presentes.
A apresentação de 1h30 passou num piscar de olhos, tamanha a intensidade de sua performance.

Créditos da fotos: Eliane Souza (@ssouza_eliane)

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