Na noite de ontem, 11/03, o Pepsi On Stage, em Porto Alegre, recebeu um espetáculo de punk rock de arena. A banda Offspring, liderada pelo vocalista Dexter Holland e pelo guitarrista Noodles, entregou um show eletrizante para uma casa praticamente lotada, com mais de 5 mil fãs presentes.
Durante aproximadamente 1h30, o público presenciou todos os elementos de um grande show de rock: setlist matador, diversão, descontração, visceralidade, entrega e muita energia.
Um Show para Toda a Família
O novo show do Offspring foi pensado para todas as idades. Com videoclipes exclusivos projetados nos telões, a apresentação contou com confetes, balões e elementos visuais que traduziram em imagens a energia das canções. Antes da banda subir ao palco, uma contagem regressiva ao som de Thunderstruck, do AC/DC, e imagens animadas ao som de Take On Me, do A-ha, criaram a atmosfera perfeita para o início do show. Crianças e adolescentes saíram do evento com os olhos brilhando, experimentando a magia de um grande show de rock.
Setlist Explosivo e Homenagem ao Brasil
O repertório focou nos clássicos da banda, com destaque para o icônico álbum Smash, que recentemente completou 30 anos. Hits como Pretty Fly (for a White Guy) e Hit That levaram o público à loucura. Também houve espaço para músicas do mais recente e irregular álbum, Supercharged (2023), incluindo Come to Brazil, que homenageia o país e teve imagens gravadas para um futuro videoclipe.
A noite começou com a abertura da banda mexicana The Warning, que desde 2013 mistura hard rock moderno com elementos de pop, punk rock e eletrônico. O trio formado pela caristmática Daniela (vocal e guitarra), Paulina (bateria e voz) e Alejandra Villarreal (baixo e voz) entregou um set de 40 minutos que animou os fãs ansiosos pelo Offspring. Balões vermelhos e pretos, cores do logo da banda, foram levados pelos fãs, que cantaram em uníssono gritos de “Olê, olê, olê… Warning, Warning!” e agradou também o público mais velho, que desconhecia a banda.
Offspring no RS: Uma História de Grandes Shows
Esta foi a quarta passagem do Offspring pelo Rio Grande do Sul. Anteriormente, a banda se apresentou em 2004, no Gigantinho, com abertura da Tequila Baby; em 2008, no próprio Pepsi On Stage; e em 2014, como headliner do festival Planeta Atlântida, em Xangri-lá.
O show teve início com All I Want, clássico imortalizado no jogo Crazy Taxi, do extinto Dreamcast (um easter egg para os nerds de plantão como eu). Nos primeiros “ya, ya, ya, ya!”, a plateia explodiu de empolgação, com bebidas voando e até tênis sendo perdidos no meio do público enlouquecido.
O clima punk continuou com Come Out and Play, onde a galera cantava junto com os riffs inconfundíveis do Smash. Em seguida, Want You Bad fez todos entoarem em coro (“I Want You / All Tattooed / I Want You Bad”). Depois dessa trinca explosiva, Dexter Holland cumprimentou a plateia em português: “E aí, Porto Alegre?”. Já Noodles, em inglês, brincou: “Vocês são bonitos!”.
Interação, Clássicos e Surpresas no Setlist
O show foi recheado de interações divertidas. Em um dos momentos, a banda tocou trechos de Iron Man (Black Sabbath), Seven Nation Army (The White Stripes) e Smoke on the Water (Deep Purple), arrancando risos do público. Em outro, Dexter e Noodles desafiaram a galera a gritar “F** Yeah!”* no melhor estilo Freddie Mercury em “eeeeeeereerooo”.
O investimento na produção do show foi evidente: além dos telões, houve explosões de serpentina, efeitos visuais e um ambiente pensados para todas as gerações. Pais que cresceram ouvindo a banda levaram seus filhos para compartilharem a experiência de um show inesquecível.
Staring at the Sun e Mota incendiaram as rodas punk, seguidas de como já mencionada Hit That e Original Prankster, que fizeram a galera pular e dançar. Um momento especial foi o tributo aos Ramones com Blitzkrieg Bop, preparando o terreno para Bad Habit. O solo de bateria de Brandon animou ainda mais a multidão.
O momento pop do show veio com Why Don’t You Get a Job?, transformando o palco em um verdadeiro Cirque du Soleil do punk rock, com cores, balões e fumaça. A sequência seguiu com (Can’t Get My) Head Around You e os megahits Pretty Fly (for a White Guy) e The Kids Aren’t Alright, onde a plateia entoou cada verso em coro, enquanto camisetas eram balançadas no ar, encharcadas de suor e cerveja.
Quando tudo parecia ter chegado ao fim, a banda voltou para o bis com You’re Gonna Go Far, Kid e fechou a noite com a clássica Self Esteem. O show foi um testemunho de como o Offspring continua relevante e poderoso após quatro décadas de estrada, reafirmando seu legado como uma das principais bandas do punk rock e hardcore dos anos 90.
Impossível sair de um show como esse sem um sorriso no rosto e a adrenalina ainda pulsando no sangue!
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