No último sábado (12), a banda curitibana Terraplana se apresentou no Fábrica do Futuro e provou porque vem se destacando no cenário underground brasileiro.
Apresentando a Tour Natural, eles tocaram faixas do seu disco atual, “Natural”, lançado em 11 de março, junto a outras do primeiro e celebrado trabalho de estreia, “Olhar Pra Trás”.
Apesar de um set curto, a banda apresenta tudo que um grupo de shoegaze tem a oferecer, contatos tímidos por parte dos integrantes com público, guitarras limpas, distorcidas e etéreas. Vocais melodiosos e sensíveis afundados na instrumentação complementados por baixo e bateria marcando o ritmo constante.
Com pouco tempo de estrada a banda se tornou a queridinha da mídia especializada e vem angariando fãs pelo paíus.
O grupo é coeso e apresentam faixas muito bens construídas, abrindo espaço para guitarras em camadas sob a responsabilidade de Vinícius Lourenço e Cassiano Kruchelski. Em “Natural” já se percebe a evolução da banda apresentando mais vocais masculinos às suas novas composições.
Stephani manteve sua presença de palco liderando a banda entre a timidez e as bela voz e melodias vocais, deixando hipnotizados o público e a facilidade com que conduz o contra baixo. Wendeu com sua marcação firme faz com que o grupo mantenha o tempo mesmo quando o uso do glide guitar parece dar a impressão que a música perdeu o tempo.
Aliás, como ponto de referência, o glide guitar surgiu com Kevin Shields no seu My Bloody Valentines em que o guitarrista toca dedilhando e tocando a guitarra enquanto mexe na alavanca do instrumento dando um ar onírico a música.
O que me chamou a atenção além da banda, foi a idade da molecada que apareceu para ver o show da banda, comporta por jovens na faixa dos seus 20 à 25 anos. Pra um senhor de 45 anos que não via essa quantidade de jovens em um show de rock ultimamente, me surpreendeu positivamente e fiquei com a esperança que Porto Alegre volte a ser um local do caralho.
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