O Shoegaze é um subgênero do rock alternativo que emergiu no Reino Unido no final dos anos 80 e início dos 90. O nome “shoegaze” (do inglês, “olhar para os sapatos”) surgiu da forma como os músicos tocavam ao vivo: parados, com a cabeça baixa, olhando para os pedais de efeito no chão para criar o som característico do gênero.
A sonoridade do shoegaze é definida por uma parede de som etérea e distorcida, criada por guitarras carregadas de efeitos como reverb, delay e fuzz. As melodias e os vocais, muitas vezes com letras melancólicas e introspectivas, ficam submersos na mixagem, quase como mais um instrumento na densa paisagem sonora. Essa abordagem criou uma atmosfera sonhadora e hipnótica, que contrasta com a natureza mais direta e agressiva de outros gêneros do rock.
Bandas como My Bloody Valentine, Slowdive e Ride são consideradas as precursoras do gênero, com álbuns que se tornaram referência para a estética do shoegaze. Apesar de ter sido um movimento de curta duração em sua forma original, o shoegaze influenciou inúmeras bandas e gêneros subsequentes, como o post-rock e o dream pop, e continua a ser reverenciado por sua originalidade e beleza sônica.