“Golden Slumbers”, faixa presente no álbum “Abbey Road” dos Beatles, carrega histórias curiosas que revelam sua singular criação. Escrita por Paul McCartney e produzida por George Martin, a música faz parte de um dos álbuns mais celebrados da banda, lançado em setembro de 1969.
Inspiração em um poema de Thomas Dekker
A letra de “Golden Slumbers” foi inspirada no poema “Cradle Song”, de Thomas Dekker, dramaturgo inglês do século XVII. McCartney encontrou a partitura enquanto tocava piano na casa de seu pai, em Liverpool. O músico explicou à Anthology como transformou a descoberta em música: “Eu estava folheando o livro de partituras da minha meia-irmã Ruth e vi ‘Golden Slumbers’. Como não sei ler música, criei minha própria melodia para o texto.”
Ausência de John Lennon nas gravações
A sessão principal de gravação aconteceu em 2 de julho de 1969, mas contou apenas com McCartney, Ringo Starr e George Harrison. John Lennon estava ausente, pois se recuperava de um acidente de carro ocorrido na Escócia.
O processo de gravação e takes inéditos
A banda gravou 15 takes da música, embora muitos tenham ficado incompletos. A estrutura principal foi registrada em oito faixas, que incluíam a bateria de Starr, o baixo de Harrison e o piano de McCartney. As versões finais foram editadas a partir dos takes 13 e 15. Em 2019, para o 50º aniversário de “Abbey Road”, os takes 1, 2 e 3 foram lançados como parte de uma edição comemorativa, revelando detalhes do processo criativo.
“Golden Slumbers” permanece como uma das peças marcantes de “Abbey Road”, mostrando como referências literárias e colaborações únicas contribuíram para o legado musical dos Beatles.
Me lembro bem aquela maçã no meio do disco. Eu tinha 6 anos. Tive a oportunidade, inadvertidamente, de ouvir o Abbey Road em minha casa antes dos donos, ou melhor, meus vizinhos mais velhos compraram o disco no dia da morte do presidente militar Costa e Silva, em dezembro de 1969! E, pasmem, a mãe deles não permitiu que ouvissem lá, então, pediram a minha mãe para ouvir em casa e assim foi. Eu, com 6 anos ouvindo em primeiríssima mão o Abbey Road…
Uau, que demais Antonio. Obrigado por compartilhar com a gente. Abraços!
Eram os anos de chumbo da ditadura militar e os Beatles a essa altura eram considerados “subversivos”, representantes da contra cultura. As coisas funcionavam dessa forma infelizmente é interessante saber como se vivia nesse tempo e que superamos isso tudo.
Pois é. Ainda bem que passou e hoje podemos ouvi-los sem nos preocuparmos né? Valeu por compartilhar e pelo comentário, Rinaldo. Abração!
Não eram. Isso foi um erro de voce(s)
Desculpa, não entendi!
“A música, portanto, oferece um refúgio emocional, um momento de paz em meio às dificuldades da vida.” Assim, na época da ditadura militar onde a tortura e a morte eram as regras oficiais. Hoje também precisamos dessa música de ninar para nossos filhos e netos. Música e melodia lindas para todos os tempos difíceis.
Sendo música boa tá valendo. Valeu Humberto, abraços.