A genialidade de Jimi Hendrix não se limitava apenas à guitarra. O astro do rock era conhecido por suas opiniões contundentes, muitas vezes direcionadas a colegas da indústria musical. Sem papas na língua, Hendrix expressava seus descontentamentos sem cerimônia, deixando claro quais artistas e estilos não o agradavam. A seguir, exploramos algumas das figuras e bandas que despertaram a antipatia do lendário guitarrista.
Led Zeppelin
Mesmo reconhecendo o talento individual dos membros do Led Zeppelin, Hendrix não era fã da banda britânica como um todo. Em uma entrevista de 1970, ele comentou: “Não penso muito no Led Zeppelin; quero dizer, não penso muito neles.”
Anos depois, Carmine Appice, baterista do Vanilla Fudge, reforçou essa visão ao relembrar conversas que teve com Hendrix. “Ele me disse pessoalmente que não gostava do Zeppelin porque eles eram como bagagem extra e roubavam de todo mundo,” afirmou Appice em entrevista. Ele também apontou influências suspeitas em canções do Led Zeppelin: “’You Shook Me’ estava no álbum de Jeff Beck. ‘Dazed and Confused’ tem um pouco de Vanilla Fudge e também de ‘Beck’s Bolero’. Até o riff de ‘Good Times Bad Times’ parece ter vindo da linha de baixo do Tim Bogart.”
Pink Floyd
Hendrix também tinha suas reservas quanto ao Pink Floyd, particularmente sobre o que ele via como um desequilíbrio entre a música e a performance visual da banda. “Esses caras só acendem luzes e tocam ‘Johnny B. Goode’ com os acordes errados”, declarou em uma entrevista. Para ele, o impacto visual não compensava a falta de substância musical. “Ouvi dizer que eles têm luzes lindas, mas musicalmente não parecem nada.”
The Monkees
Durante uma turnê em que abriu os shows dos Monkees, Hendrix viveu uma experiência conflituosa. A disparidade entre os públicos das duas atrações gerava desconforto, e o guitarrista não poupou críticas. “Oh Deus, eu os odeio! Não é culpa de ninguém gostar deles, mas as pessoas realmente gostam dos Monkees?” questionou Hendrix.
Bandas da Motown Records
Apesar do enorme sucesso da Motown, Hendrix tinha uma visão crítica sobre o selo e suas produções. Ele considerava o som da gravadora excessivamente comercial e artificial. “Para mim, o som da Motown é muito artificial, muito comercial e muito, muito eletrônico. Um som soul sintético”, afirmou em uma entrevista. Hendrix ainda acrescentou que, em sua opinião, o selo não representava o verdadeiro espírito dos artistas negros. “É tão comercial e tão bonito que não sinto nada,” concluiu.
Por que as críticas de Hendrix ecoam até hoje?
As opiniões de Jimi Hendrix refletem tanto sua personalidade exigente quanto seu compromisso com a autenticidade musical. Para ele, a música era um veículo de expressão profunda, e qualquer coisa que soasse artificial ou forçada não merecia sua aprovação.
Ainda que essas declarações possam parecer controversas, elas revelam a forma como Hendrix enxergava a música: como uma arte pura, sem concessões ao comercialismo ou ao superficial. Sua franqueza continua a intrigar fãs e críticos, mostrando que, mesmo fora dos palcos, Hendrix nunca deixou de ser um artista fiel aos seus ideais.
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