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A construção de ‘Closer to the Heart’: a dualidade acústica e elétrica do Rush

Nos bastidores de um dos sucessos mais memoráveis do Rush, “Closer to the Heart”, está uma abordagem de composição que mistura simplicidade e complexidade. Lançada em 1977 no álbum A Farewell to Kings, a canção nasceu de sessões acústicas e se transformou em uma faixa marcante do hard rock.

Segundo Alex Lifeson, guitarrista da banda, as primeiras ideias para “Closer to the Heart” surgiram de forma despretensiosa. “Todos os nossos primeiros álbuns foram escritos em violão acústico. Geddy [Lee] e eu sentávamos com um gravador de fita cassete e dois violões”, revelou em entrevistas sobre o processo criativo. Apesar da instrumentação inicial ser mais suave, o resultado final combinou essa essência com elementos mais robustos.

Lifeson descreveu a evolução do arranjo como um momento de transformação. “A introdução de 12 cordas dá a ilusão de ser uma peça acústica. Então, a seção rítmica entra, e a música muda para uma melodia de rock.” Essa dualidade entre o início delicado e o desenvolvimento enérgico fez da canção uma das mais reconhecidas da banda.

Embora tenha uma construção melódica acessível, “Closer to the Heart” também carrega a marca registrada do Rush: progressões complexas e mudanças dinâmicas. O contraste entre o acústico e o elétrico se tornou uma característica central não apenas da música, mas de grande parte do trabalho da banda ao longo dos anos.

Com uma letra inspiradora e uma melodia cativante, a faixa segue como um dos pontos altos do catálogo do grupo canadense, mostrando que simplicidade e técnica podem coexistir de forma harmônica.

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