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A trágica partida de John Bonham

No crepúsculo dos anos 70, Led Zeppelin, a banda que definiu uma era, lançou o que seria seu último álbum de estúdio, “In Through the Out Door”. A vitalidade da banda parecia inabalável, especialmente na figura de John Bonham, o baterista cuja força e técnica o estabeleceram como um dos grandes ícones do rock. Bonham, tendo superado um vício em heroína, estava imerso em projetos musicais, contribuindo com seu talento inigualável no álbum “On the Road Again” de Roy Wood.

Em setembro de 1980, Bonham e seus companheiros de banda se reuniram na pacata Bray, no sudeste da Inglaterra, para ensaiar para uma turnê pela América do Norte. Era uma época de renovação e expectativa, mas também de uma tragédia iminente. Apesar de “In Through the Out Door” não ter alcançado o sucesso estrondoso de trabalhos anteriores, Led Zeppelin ainda dominava o palco com uma energia que poucos contemporâneos poderiam igualar. Suas performances ao vivo eram mais do que shows; eram experiências transcendentes que mesclavam o blues elétrico com o rock and roll, elevando o gênero a novas alturas.

No entanto, tudo mudou na noite de 25 de setembro. Após retornarem à mansão de Jimmy Page, Bonham adormeceu e nunca mais despertou. A causa? Uma dependência fatal que ainda o assolava, mesmo após ter deixado a heroína para trás. Naquele último dia, Bonham consumiu mais de um litro de vodka, uma quantidade letal que seu corpo, já fragilizado, não pôde mais tolerar.

A manhã de 26 de setembro revelou a triste realidade: o exame pós-morte confirmou que o corpo de Bonham havia rejeitado o excesso de álcool, levando ao seu trágico falecimento. Ele vomitou enquanto dormia, inalou seu próprio vômito e morreu sufocado. A causa oficial da morte foi aspiração pulmonar porque um pouco de vômito entrou em seu trato respiratório e pulmões, impedindo-o de respirar. Foi considerado um acidente. Os membros restantes do Led Zeppelin decidiram que não poderiam continuar sem sua força motriz, e a banda se separou logo depois. O cantor Robert Plant citou a perda de seu “melhor amigo” como o motivo para desistir, enquanto Page disse que “não havia como” outro baterista aprender a tocar suas músicas do jeito que Bonham fez.

Com sua morte, não apenas se perdeu um músico extraordinário, mas também se encerrou um capítulo glorioso na história do rock. John Bonham deixou um legado de paixão e intensidade que continua a inspirar bateristas e amantes da música até hoje.

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