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Baterista do New Order relembra caos durante apresentação no ‘Top of the Pops’

O baterista do New Order, Stephen Morris, trouxe à tona memórias de caos e confusão em torno da performance da banda no programa Top of the Pops, em 1983. Na época, o grupo já colhia os frutos do sucesso de “Blue Monday”, que, mesmo com poucas semanas de lançamento, já escalava rapidamente as paradas musicais do Reino Unido. Diferente de muitos artistas que participavam do programa da BBC, o New Order insistiu em tocar ao vivo, evitando a prática comum de dublagem. No entanto, com o uso de tecnologias inovadoras, como sintetizadores e sequenciadores, problemas técnicos eram quase inevitáveis.

“A BBC precisou testar cada tomada antes de podermos conectar nossos equipamentos,” comentou Morris durante uma recente entrevista ao podcast Rockonteurs. Ele ainda acrescentou que a equipe de produção do programa não estava nada contente com a postura apática da banda no palco. “O que o cameraman disse mesmo? ‘Eu não sei o que vamos fazer com esse pessoal. Eles não mexem um músculo’”, relembrou o baterista rindo. “Acho que esperavam que fizéssemos alguma dança.”

Como era de se esperar, durante a apresentação ao vivo, os sintetizadores da banda saíram do ritmo, resultando em notas fora do lugar, problemas de tempo e até o uso incorreto de amostras de áudio. Em alguns momentos, era possível perceber membros da banda contendo o riso enquanto continuavam a tocar. “Foi ridículo. E achamos que tínhamos arruinado tudo, apertamos o botão errado… foi um caos,” confessou Morris. Ele já chegou a sugerir que “Blue Monday” pode ter sido o único single a cair nas paradas logo após uma performance no Top of the Pops.

Apesar dos problemas, algo curioso aconteceu com essa única aparição do New Order no programa. Com o passar do tempo, os fãs começaram a apreciar a performance, talvez pela sua autenticidade, cheia de falhas e improvisos. “Foi muito engraçado, porque um monte de outros artistas vieram falar com a gente depois, dizendo: ‘Sim, foi ótimo. Nós queríamos tocar ao vivo também, mas não deixaram,’” lembrou Morris, em tom cético. “Foi uma experiência.”

Essa apresentação caótica se tornou uma das mais lembradas da banda, refletindo não só o espírito pioneiro do New Order, mas também a vulnerabilidade e honestidade de uma performance que, mesmo cheia de erros, conquistou seu espaço na história da música pop.

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