fbpx

Como Pit Passarell construiu seu legado no rock e metal nacional

Pit Passarell foi uma figura central na história do rock brasileiro, conhecido por sua atuação no Viper e por ser um dos principais compositores da banda.

Desde seus primeiros passos na música até os desafios pessoais que enfrentou, a história de Pit Passarell é cheia de momentos marcantes. A formação do Viper, os álbuns como vocalista, o retorno do Viper são partes fundamentais de sua jornada no rock.

Para conhecer a fundo a história de Pit Passarell e entender sua jornada, fizemos esse artigo em homenagem a ele, seus parceiros de banda e aos fãs do Viper, resumindo os pontos marcantes em sua carreira.

Vida pré-viper

Antes de se tornar um ícone do metal nacional, Pit Passarell era apenas um garoto fascinado pela música. Nascido em São Paulo, ele cresceu cercado por influências musicais diversas, mas foi o rock que chamou sua atenção e moldou seu destino. Durante sua juventude, Passarell se envolveu com a música tocando baixo e compondo. Ele se destacou por seu talento e paixão, habilidades que logo o levariam a algo maior.

Foi na adolescência, junto com seus irmão Yves que ele conheceu André Matos e Felipe Machado, que compartilhavam do mesmo amor pela música. Essa amizade seria crucial para o início de sua carreira. A convivência entre eles fomentou ideias e projetos que logo se concretizariam. Pit, com seu espírito ousado, já enxergava o que viria a ser uma das bandas mais influentes do metal nacional: o Viper.

Formação do Viper e os primeiros álbuns

Em 1985, Pit Passarell, juntamente com Yves Passarell, Felipe Machado, Cassio Audi e André Matos, fundaram a banda que, inicialmente, se inspirava no heavy metal britânico. A força criativa de Pit logo se destacou na composição das músicas e no estilo que a banda adotaria. Em 1987, o Viper lançou seu primeiro álbum, “Soldiers of Sunrise”, que foi recebido com entusiasmo tanto pela crítica quanto pelo público. Pit Passarell participou ativamente na composição das faixas, mostrando desde o início sua habilidade em compor músicas que conectavam com a cena do metal.

A banda não parou por aí. Em 1989, lançaram o álbum “Theatre of Fate”, considerado por muitos uma obra-prima do metal melódico. Nesse álbum, Pit Passarell foi crucial na elaboração das letras e da sonoridade da banda, tornando-se um dos compositores mais prolíficos do grupo. O álbum marcou a transição da banda para um estilo mais sofisticado e complexo, influenciado por elementos clássicos e operísticos. Apesar de André Matos ser a voz do Viper na época, Pit Passarell já mostrava sua marca nas composições.

À frente do Viper após a saída de André Matos

A saída de André Matos em 1990 foi uma de virada para o Viper. O futuro da banda parecia incerto, mas Pit Passarell assumiu a liderança e decidiu seguir em frente. Ele passou a ser não apenas o principal compositor, mas também o vocalista da banda. Essa transição trouxe mudanças na sonoridade e nas performances do grupo. Sua atitude frente à banda e sua disposição em assumir riscos reforçaram seu papel como líder nato.

Com Pit à frente, o Viper continuou a trilhar seu caminho no cenário do metal brasileiro, reinventando-se e buscando novas inspirações. Pit trouxe uma abordagem mais direta e visceral ao som do Viper, enfatizando a força das letras e a energia das performances. Foi um momento de redefinição para o grupo, que, sob sua liderança, se consolidou como uma banda de peso no cenário nacional.

Álbuns como frontman do Viper

A nova fase do Viper começou com o álbum “Evolution” (1992), onde Pit Passarell assumiu os vocais. Esse álbum marcou uma mudança de estilo, apresentando um som mais agressivo e direto. As composições traziam uma mistura de críticas sociais e temas pessoais, significando o momento em que Pit se encontrava em sua vida e carreira. Suas letras e performances mostravam a versatilidade e maturidade musical que ele havia alcançado.

Mais tarde, em 1995, o Viper lançou “Coma Rage”, um álbum que refletia o auge da era grunge e thrash metal. Pit Passarell estava no comando da banda, e isso era apresentado nas composições intensas e na postura mais agressiva nos palcos. Seu estilo vocal mais cru, conquistou muitos fãs, e Pit se estabeleceu como um dos grandes frontmen do metal brasileiro.

Em 1996, a banda ousou ao lançar um álbum com uma pegada mais punk e totalmente em português. Tem Pra Todo Mundo chegou ao mercado, mas enfrentou dificuldades de distribuição devido à falência da nova gravadora da época, a Castle. Esse revés, somado a problemas internos, levou o Viper a uma pausa que só seria interrompida anos mais tarde.

O retorno do Viper e novos vocalistas

Após alguns anos de pausa, o Viper se reuniu novamente em 2005, desta vez com  Ricardo Bocci nos vocais e Guilherme Martin na bateria. Durante esse período, a banda também explorou novas abordagens mas sem perder a essência de suas raízes.

Apesar das mudanças na formação, Pit Passarell continuou sendo o coração criativo do Viper. Sua presença e influência garantiram que o espírito da banda ao vivo. Os shows de reunião trouxeram momentos de nostalgia para os fãs, e a banda lançou novas músicas, reafirmando sua relevância no cenário do rock nacional.

O ápice se deu com a volta de André Matos em To Live Again Tour em 2012, celebrando os 25 anos do icônico álbum “Soldiers of Sunrise”. Pela primeira vez, a banda executou na íntegra os álbuns “Soldiers of Sunrise” e “Theatre of Fate”, reavivando a era de ouro do metal brasileiro. A turnê começou em 1º de julho, em São Paulo, marcando o aguardado retorno de Andre Matos ao Viper, após 22 anos de sua saída para o Angra. A formação clássica reuniu Pit Passarell, Felipe Machado e Guilherme Martin, com Hugo Mariutti substituindo Yves Passarell, que fez participações especiais ao longo da turnê.

Durante essa tour, o Viper abriu os shows do lendário Kiss em suas apresentações no Brasil, em São Paulo e no Rio de Janeiro, revivendo o espírito do metal dos anos 80 e 90.

Em 2013, a banda lançou um DVD ao vivo da “To Live Again Tour” e ainda embarcou em uma turnê para celebrar os 25 anos do álbum “Evolution”. Em setembro do mesmo ano, o Viper subiu ao palco do Rock in Rio, no dia do metal, ao lado de Andre Matos, que na época estava promovendo seu novo álbum solo. Foi uma noite histórica e de extrema importâncai não só para o Viper mas para o André.

A Morte e o legado

Infelizmente, a batalha de Pit Passarell chegou ao fim, e na sexta, dia 27, o rock e metal nacional perdeu uma de suas figuras mais importantes. Sua partida deixa um vazio na música, mas seu legado permanece vivo. Pit não foi apenas um baixista, vocalista e compositor; ele foi um dos pilares do metal nacional.

Principais músicas compostas

Pit Passarell compôs várias músicas que se tornaram hinos do metal brasileiro. Entre as mais icônicas estão “Living for the Night”, “Soldiers of Sunrise”, e “Evolution”. Essas músicas capturam a essência do Viper e apresentava a energia e profundidade das composições de Pit.

Assista a entrevista de Nando Machado no Kazagastão sobre a história Pit Passarell

Autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agenda Divina Comédia

Apoie o Jornalismo Musical Independente

Rádio DinamicoFM

Publicidade

Pré-venda LP Noturnall – Cosmic Redemption

Últimas notícias