O tecladista Don Airey, conhecido por seu trabalho com bandas como Deep Purple, Black Sabbath e Ozzy Osbourne, falou sobre a dinâmica entre tecladistas e guitarristas em uma entrevista ao podcast Rock ‘N’ Roll Grad School. Durante a conversa, ele abordou a colaboração com músicos como Ritchie Blackmore, Gary Moore e Randy Rhoads.
“Parte do trabalho de um tecladista é dar suporte ao guitarrista, especialmente no rock”, afirmou Airey, segundo transcrição do Blabbermouth.net. Para ele, guitarristas podem ser inseguros, mesmo os mais talentosos. “Eles realmente não sabem como fazem o que fazem”, disse.
O músico lembrou uma história sobre Randy California, que tocou com Jimi Hendrix no início da carreira. Segundo Airey, California perguntou a Hendrix como ele conseguia certos sons, e o guitarrista respondeu: “Eu não sei, cara”. Essa incerteza, segundo Airey, faz com que o tecladista precise assumir o controle de maneira discreta. “Sem que o guitarrista perceba, você cria um ambiente confortável para ele”, explicou.
Airey citou o trabalho com Gary Moore como um dos momentos em que essa parceria funcionou bem. “Acho que ajudei Gary a se sentir bem com o que fazia. Eu sugeria pequenas mudanças, e a coisa acontecia naturalmente”, disse.
Além de acompanhar guitarristas de renome, Don Airey também liderou projetos próprios. Ele destacou a diferença entre liderar de forma indireta, como fez no Rainbow e no Deep Purple, e assumir a linha de frente, como em seu novo álbum solo, “Pushed To The Edge”, que será lançado em 28 de março pela earMUSIC.
“Você não pode dizer às pessoas o que fazer, mas pode criar um ambiente que desperte algo nelas e em você também”, concluiu.
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