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Jerry Cantrell reflete sobre o impacto do grunge e destaca banda que ajudou a impulsionar o movimento

O início dos anos 90 marcou um período decisivo para o rock, e poucas regiões foram tão fundamentais para essa transformação quanto Seattle. O surgimento do grunge trouxe uma sonoridade crua e emocional que impactou profundamente a cena musical global. Entre as bandas que emergiram desse movimento, Alice In Chains se destacou ao fundir a melancolia do grunge com o peso do metal, e seu guitarrista, Jerry Cantrell, viveu de perto a explosão dessa nova era.

Em uma entrevista recente ao canal de Rick Beato no YouTube, Cantrell fez uma análise sobre a ascensão do grunge e o ambiente fervilhante que tomou conta do estado de Washington naquela época. Ao lembrar das mudanças na música que já estavam acontecendo no final dos anos 80, ele destacou como a cena local estava em sintonia com uma transformação global no rock. “A música estava evoluindo de forma mais pesada e agressiva, não apenas em Seattle, mas no mundo todo”, afirmou o guitarrista (via Ultimate Guitar). Segundo Cantrell, essa mudança fez com que jovens da região começassem a formar suas próprias bandas, inspirados pelo desejo de participar dessa nova fase do rock.

Cantrell também explicou que Seattle, apesar de estar relativamente isolada das grandes capitais da indústria musical, contava com uma cena extremamente rica e diversa. “De Olympia a Aberdeen, passando por Spanaway e chegando até Bellevue, a área estava cheia de bandas. E tínhamos uma história musical forte com nomes como Queensrÿche, Heart e Jimi Hendrix”, lembrou ele, citando as influências locais que ajudaram a pavimentar o caminho para o grunge.

Essa relativa distância dos grandes centros, segundo Cantrell, foi essencial para o desenvolvimento do movimento. “Acho que, por estarmos um pouco fora do radar, tivemos a oportunidade de crescer e nos desenvolver sem interferências”, disse o músico, sugerindo que essa liberdade permitiu que a cena de Seattle se formasse de maneira orgânica e única.

Outro ponto crucial para a expansão do grunge, de acordo com o guitarrista, foram as estações de rádio universitárias independentes, que ajudaram a divulgar novas bandas e criaram um senso de comunidade entre os jovens músicos. “Tínhamos estações de rádio independentes realmente ótimas, que tocavam músicas alternativas incríveis. Isso fazia você sentir que fazia parte de algo maior, que estava acontecendo ali”, destacou Cantrell.

Ao longo da entrevista, Cantrell também destacou a importância de outras bandas pioneiras do grunge e como o sucesso individual de cada grupo ajudou a impulsionar o movimento como um todo. Ele mencionou especialmente a banda Mother Love Bone, que foi fundamental para abrir portas para o grunge. “Não dá para falar do movimento sem mencionar Mother Love Bone, Soundgarden, Mudhoney e Green River. Todos esses grupos foram passos importantes para o que viria a ser o grunge. O sucesso de cada um de nós alimentou o sucesso de todos”, explicou.

Cantrell finalizou a conversa refletindo sobre o efeito cumulativo desse sucesso coletivo, que acabou culminando em um impacto massivo com bandas como Pearl Jam e Nirvana. “Chegou a um ponto em que o movimento se tornou impossível de ignorar”, concluiu ele, evidenciando o papel crucial que cada banda teve na construção desse legado que, décadas depois, ainda reverbera no cenário musical.

Essa visão de Jerry Cantrell oferece uma perspectiva única sobre o grunge e reforça a importância da colaboração e do crescimento coletivo em um movimento que não só redefiniu o rock, mas também capturou o espírito de uma geração.

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