“O Advogado do Diabo”, lançado em 1997 e dirigido por Taylor Hackford, quase não contou com a presença de Al Pacino. O ator, conhecido por papéis em filmes como “O Poderoso Chefão”, inicialmente recusou o convite para interpretar o enigmático John Milton. As recusas de Pacino, que somaram três, estavam ligadas principalmente a questões salariais e à necessidade de ajustes no roteiro.
O projeto enfrentou desafios na fase de pré-produção, com o roteiro passando por duas reescritas para se adequar às expectativas. A situação mudou com a entrada de Keanu Reeves, que já havia se destacado em produções como “Velocidade Máxima”. Reeves, um admirador declarado de Pacino, expressou um forte desejo de contracenar com o veterano ator.
Para viabilizar a participação de Pacino, Reeves tomou uma decisão incomum: aceitou reduzir seu próprio cachê em cerca de 2 milhões de dólares. Este gesto permitiu que a produção atendesse às demandas financeiras de Pacino, que pedia 8 milhões de dólares pelo papel. Com o acordo selado, o filme pôde seguir adiante, com Pacino no papel central e Reeves como Kevin Lomax, um jovem advogado ambicioso.
Posteriormente, ao descobrir o sacrifício financeiro de Reeves, Pacino ficou sensibilizado. Em retribuição, o ator decidiu doar a quantia equivalente à redução do cachê de Reeves para uma instituição de caridade focada no combate ao câncer infantil. A colaboração entre os dois atores resultou em um thriller sobrenatural que se tornou um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 150 milhões de dólares globalmente.



