Comparado à maioria dos produtores de rock, Jeff Lynne é mais à vontade nos estúdios do que nos palcos. Sua parceria com Harrison em “Brainwashed” foi marcada por uma jornada desafiadora, onde Lynne se viu navegando pelas visões musicais de um gênio adormecido.
Em uma matéria da Far Out Magazine, Jeff Lynne revela os bastidores de sua colaboração póstuma com George Harrison. Conhecido por sua dedicação ao estúdio, Lynne se destaca como uma figura central na conclusão do último álbum de Harrison, “Brainwashed”.
Antes mesmo da formação dos Traveling Wilburys, Lynne já havia deixado sua marca na carreira de Harrison, contribuindo para álbuns como “Cloud Nine”. Com uma compreensão profunda do estilo de Harrison, Lynne embarcou no projeto “Brainwashed” com determinação e respeito pela herança musical do ex-Beatle.
Apesar das lutas de Harrison contra o câncer e sua subsequente morte, sua determinação em criar um último testamento artístico permaneceu inabalável. Dhani Harrison, filho de George, descreveu a colaboração com Lynne como a realização dos desejos finais de seu pai, um labirinto musical que esperava ser desvendado.
Lynne refletiu sobre os desafios únicos que enfrentou ao produzir “Brainwashed”, destacando a pressão de capturar a essência única de Harrison sem comprometer sua integridade artística. Para ele, este projeto representou não apenas um álbum, mas um tributo a um amigo e mentor.
Cada faixa de “Brainwashed” é uma expressão vívida do legado musical de Harrison, desde a serenidade de “Rising Sun” até a recriação única de “Between the Devil and The Deep Blue Sea”. Lynne e Harrison se uniram em um esforço colaborativo que transcendeu as fronteiras do tempo e da mortalidade.
“Brainwashed” não é apenas um álbum, mas um monumento à colaboração e à amizade. Jeff Lynne, com grande habilidade soube honrar o legado de George Harrison de uma maneira que ecoará através dos tempos, mantendo viva a chama da música e da criatividade.
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