Ann Wilson completa 75 anos em 19 de junho. Sua voz foi uma das mais marcantes do hard rock dos anos 1970 e 1980. Ao lado da irmã Nancy Wilson, Ann liderou a banda Heart em diferentes fases, sempre com forte presença nas rádios americanas.
Formada em Seattle, nos Estados Unidos, a banda Heart surgiu no início dos anos 1970, combinando hard rock, folk e elementos de pop. As irmãs Ann e Nancy Wilson se tornaram as líderes do grupo, consolidando uma formação que desafiava o domínio masculino no rock.
A estreia veio em 1975 com o álbum “Dreamboat Annie”, impulsionado pelos singles “Magic Man” e “Crazy on You”. Ao longo da década de 1970, o Heart se destacou por equilibrar riffs pesados com melodias acústicas e letras pessoais.
No fim dos anos 1980, a banda passou por uma reconfiguração sonora, aderindo a uma estética mais pop e radiofônica. Canções como “Alone”, “What About Love” e “These Dreams” ampliaram o sucesso comercial do grupo nessa fase.
Apesar de mudanças frequentes na formação, Ann e Nancy mantiveram a essência criativa da banda ao longo das décadas. Em 2013, o Heart foi incluído no Rock & Roll Hall of Fame, reconhecendo sua contribuição duradoura à música popular americana. O grupo continua ativo, com apresentações ao vivo e novos projetos liderados pelas irmãs Wilson.
A seguir, selecionamos dez músicas que ajudam a entender a importância do Heart na música popular americana.
10. All I Wanna Do Is Make Love to You (1990)
Polêmica e popular, a música narra uma história incomum sobre gravidez e desejo. Apesar das críticas à letra, o single vendeu bem e consolidou a presença do grupo nos anos 1990.
9. Alone (1987)
Balada dramática, de forte apelo radiofônico. É provavelmente a canção mais conhecida da carreira da banda. A performance vocal de Ann é frequentemente lembrada como um dos momentos mais impressionantes do período.
8. What About Love (1985)
Com produção polida e refrão expansivo, foi essencial para a revitalização comercial do grupo. O single pertence ao álbum “Heart”, que inaugurou uma nova fase com estética mais pop rock.
7. These Dreams (1985)
Marcou a estreia de Nancy como vocalista principal. A canção alcançou o topo das paradas nos Estados Unidos. Escrita por Bernie Taupin e Martin Page, a música tem clima onírico e produção característica dos anos 1980.
6. Even It Up (1980)
Inspirada por artistas de soul e rhythm & blues, como Janis Joplin e Aretha Franklin. Foi destaque do disco “Bébé le Strange”, o primeiro lançado sem os membros fundadores Roger Fisher e Steve Fossen.
5. Dog & Butterfly (1978)
Mostra o lado mais introspectivo do Heart, com arranjos suaves e letra contemplativa. A faixa-título do álbum marcou uma breve pausa nas incursões mais pesadas do grupo.
4. Heartless (1977)
Presente no disco “Magazine”, a música equilibra elementos de blues rock e refrão melódico com a força vocal habitual. Apesar de menos lembrada, é peça importante na transição sonora da banda no final dos anos 1970.
3. Barracuda (1977)
Com riff incisivo e letra combativa, “Barracuda” tornou-se uma das músicas mais reconhecíveis do Heart. A canção foi resposta direta ao sexismo na indústria, segundo relatos das irmãs em entrevistas à Rolling Stone.
2. Crazy On You (1975)
Lançada no disco “Dreamboat Annie”, essa música destaca a introdução acústica de Nancy e os vocais intensos de Ann. É considerada uma das primeiras faixas do rock setentista a combinar técnica vocal com estrutura folk-rock.
1. Magic Man (1975)
Também de “Dreamboat Annie”, essa faixa marcou a estreia da banda nas paradas. Com atmosfera psicodélica e influência de Led Zeppelin, apresenta uma narrativa pessoal e arranjos bem trabalhados.
Faixa bônus: Straigh On (1978)
“Straight On”, lançado no final dos anos 1970, flerta com a disco, mas mantém raízes no rock clássico. Com um baixo marcado e vocais firmes, a faixa mistura soul, funk e power pop em estrutura pouco convencional.
A letra usa metáforas de jogos de azar para falar sobre desejo e escolha, explorando temas comuns no repertório da banda. O solo de guitarra curto e direto reforça o tom roqueiro, enquanto o refrão sugere uma abertura ao pop contemporâneo da época.
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