O rock progressivo continua a prosperar nos palcos, onde sua ambição ilimitada e variedade de sons encontram um terreno fértil para florescer. Desde o jazz e blues até a psicodelia, clássica e folk, este gênero musical se destaca pela eletricidade de suas performances ao vivo.
Os pioneiros do rock progressivo britânico, inspirados pela experimentação dos Beatles em “Sgt. Pepper’s”, deram asas à imaginação. Peter Gabriel, com seu icônico vestido vermelho e máscara de raposa, liderou o Genesis em contos misteriosos entre canções. Keith Emerson desafiou os limites da vanguarda com seu teclado, enquanto Rick Wakeman brilhava em meio a luzes roxas e máquinas de fumaça.
Nos anos 70, o rock progressivo se tornou sinônimo de ambição e arranjos meticulosos, muitas vezes apresentados em LPs duplos e triplos com arte de capa elaborada. Essa estética, embora desafiada pelo punk nos anos 80, encontrou um renascimento no século 21, com bandas como Radiohead, Muse e Arcade Fire incorporando elementos progressivos em seu DNA musical.
No século 21, o rock progressivo encontrou novas expressões, fundindo-se organicamente com outros gêneros musicais. Bandas como Porcupine Tree incorporaram elementos progressivos em seu som, mantendo viva a chama da inovação. Esse ressurgimento confirma que o rock progressivo continua a ser uma força vital na música contemporânea.
A pluralidade de sons do rock progressivo reflete-se na diversidade de sua base de fãs e na vastidão de sua influência. Desde os palcos dos anos 70 até os festivais modernos, o rock progressivo continua a inspirar e cativar audiências em todo o mundo, provando-se como um gênero atemporal e em constante evolução.
Pensando nisso, a Spin Magazine elencou os 10 melhores álbuns de rock progressivo ao vivo de todos os tempos. A lista completa você pode ver clicando neste link aqui:
Abaixo, os 5 primeiros da lista. Você acha que faltou algum nesta lista?
5 – The Dark Side of The Moon live at Wembley 1974
Escutar esta versão ao vivo de 1974, devidamente remasterizada, é uma experiência comovente do momento mais sublime do rock progressivo. Enquanto o álbum de estúdio dependia fortemente de efeitos sonoros e tecnologia de ponta, o concerto transformou-se em algo completamente diferente. A música respira, dança e até rosna um pouco, ampliando as melodias e destacando a profunda tristeza existencial das letras.
4. Welcome Back, my Friends, to the Show that Never Ends – Ladies and Gentleman (1974)
Críticos que mal interpretaram o alegre circo rock’n’roll do ELP como pretensão estão enganados – é uma perda deles. O som deste álbum triplo gigantesco é denso e estrondoso, proporcionando uma experiência intensa – quase claustrofóbica. Embora o trio não tenha conseguido replicar a sofisticação de álbuns como “Trilogy”, de 1972, nos palcos, eles compensaram com uma energia quase punk: acelerando os ritmos e ampliando a dissonância. O fato de Keith Emerson ter sido capaz de reproduzir as complexas e influentes linhas de piano de “Karn Evil 9” ao vivo (lembrando tanto Prokofiev quanto Ginastera) destaca o verdadeiro talento de uma banda rara e extraordinariamente talentosa.
3. Gentle Giant – Playing the Fool (1977)
Desde o lançamento de seu álbum de estreia em 1970, o Gentle Giant incorporou o progressivo em sua forma mais visionária: uma mistura brincalhona de polifonia renascentista, interação de jazz, folk psicodélico e, sim, rock’n’roll estridente. O fato de esses cinco homens corajosos serem capazes de reproduzir suas proezas musicais – com o ocasional toque de violoncelo, flauta doce, violino, trompete e vibrações – é surpreendente.
2. Yes – Progeny: Seven Shows from Seventy-Two (2015)
O destaque de Yessongs – o álbum triplo ao vivo de som envolvente lançado pelo Yes em 1973 – foi a magnífica arte de Roger Dean nas capas dobradas. Felizmente, sete shows multi-track da mesma época foram descobertos e lançados na íntegra em 2015. Apesar do baixo estrondoso de Chris Squire estar um pouco baixo nessas mixagens, o Progeny oferece uma visão esclarecedora da vida na estrada de uma banda que, naquela época, parecia viver em um estado de graça constante.
1. Genesis – Seconds Out (1977)
Com ou sem Peter Gabriel, a influência e a genialidade do Gênesis permeiam cada faixa deste LP histórico. Desde a guitarra apagada de Steve Hackett em “Carpet Crawlers” até a passagem instrumental sobrenatural de “Cinema Show”, a banda demonstra sua habilidade única de criar paisagens sonoras envolventes.
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