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Robert Smith prepara fãs para o novo álbum do The Cure com uma seleção especial de faixas

Com o lançamento de Songs of a Lost World marcado para 1º de novembro, Robert Smith compartilhou uma lista de músicas para ajudar os fãs a entrarem no clima do aguardado 14º álbum de estúdio da banda. Em uma longa e reveladora entrevista de 100 minutos, conduzida por Matt Everitt, da BBC 6Music, transcrita pela Louder, Smith falou diretamente ao público sobre suas inspirações e reflexões, oferecendo um vislumbre do que esperar do novo trabalho.

Gravada em Abbey Road Studios, em Londres, a entrevista foi publicada no site oficial de Songs of a Lost World. Durante a conversa, Smith foi desafiado a escolher suas 10 músicas favoritas da carreira do The Cure, mas, em seu estilo característico, o artista desviou da pergunta com um toque de humor: “Se eu responder agora, mudaria de opinião no meio do caminho“, confessou o vocalista de 65 anos. No entanto, ele propôs uma ideia alternativa — selecionar uma música de cada um dos 13 álbuns anteriores do The Cure, as quais, segundo ele, refletem o clima melancólico e sombrio presente nas novas composições.

Smith já havia indicado anteriormente que o tom de Songs of a Lost World seria permeado por sentimentos de tristeza e introspecção. “Mais uma vez, um pouco de tristeza e melancolia“, disse o vocalista, sinalizando a familiar e profunda conexão emocional que muitos fãs associam ao som característico da banda. O The Cure, ao longo de sua carreira, sempre explorou temas como perda, amor, desespero e esperança, e parece que o novo álbum seguirá essa linha.

Além de discutir o novo projeto, Robert Smith também compartilhou algumas percepções curiosas sobre sua própria discografia, revelando que tem um álbum favorito – e um menos favorito. Quando questionado sobre qual dos discos da banda ele considera o mais fraco, Smith admitiu que, apesar do amor por todo o catálogo do The Cure, há um álbum que ele classifica abaixo dos demais. Sem revelar o título diretamente durante a entrevista, o vocalista deixou no ar que essa opinião pessoal mudou ao longo dos anos, refletindo seu relacionamento dinâmico com suas próprias criações.

Veja abaixo as faixas escolhidas por Robert Smith:

Three Imaginary Boys (Three Imaginary Boys, 1979)

“É uma música com a qual eu ficaria feliz agora. Ela ainda ressoa comigo.”

At Night (Seventeen Seconds, 1980)

“Tocamos muito isso ao vivo. Tem o mesmo tipo de clima deste álbum, eu acho que se encaixaria muito bem neste álbum.”

Faith (Faith, 1981)

“Quando escrevi isso, lembro de pensar, Ah, eu sei escrever músicas! Na verdade, foi a primeira música da qual fiquei realmente, realmente orgulhoso. Não tem muita coisa, mas ainda assim tem algo nela. Era tudo o que eu queria que fosse. Eu poderia ter desistido depois que escrevi  Faith , pensei, É isso, provei a mim mesmo que consigo fazer isso.”

Cold (Pornography, 1982)

“Temos tocado muito isso ao vivo nos últimos anos. Isso se encaixaria neste álbum, em termos de humor e musicalmente.”

The Top (The Top, 1984)

“The Top se encaixaria, é uma música estranha, com um clima estranho.”

Sinking (The Head on the Door, 1985)

“Mais uma vez, um pouco de tristeza e melancolia… mas o álbum todo é um pouco mais brilhante e alegre do que isso que fizemos.”

If Only Tonight We Could Sleep (Kiss Me Kiss Me Kiss Me, 1987)

“Essa é outra música que tocamos bastante ao vivo nos últimos anos. Há um tipo adorável de clima nela quando é bem tocada.”

Untitled (Disintegration, 1989)

“Essa é uma das minhas músicas favoritas do Cure. Gostei de não ter dado um título a ela, sei que é muito estúpido [risos ], mas tive a coragem de não me preocupar em pensar em um título.”

To Wish Impossible Things (Wish, 1992)

“Essa é outra das minhas músicas favoritas do Cure. Nós nunca tocamos isso, não sei por que, mas isso se encaixaria felizmente – ou infelizmente – neste álbum.”

Treasure (Wild Mood Swings, 1996)

“Isso é sobre perda, foi inspirado por um poema de Christina Rossetti, outro inspirado pelas palavras de outra pessoa.”

The Last Day of Summer (Bloodflowers, 2000)

“Isso se tornou uma das minhas favoritas. Nunca tive muita certeza sobre ela como uma música, mas acho que é uma boa música.”

Before Three (The Cure, 2004)

O álbum The Cure é provavelmente meu álbum menos favorito que fizemos. Não gosto de algumas coisas, é o único álbum que não acho que funcione.  Before Three é uma boa música, provavelmente funcionaria”

The Hungry Ghost (4:13 Dream, 2008)

“Não caberia neste álbum, mas eu gosto. É sobre como as pessoas são consumidas por querer mais e mais e mais, inclusive eu.”

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