Sabrina Carpenter não é apenas mais um nome no universo da música pop, desde seus primeiros passos como atriz mirim até sua consolidação como uma das vozes mais versáteis da atualidade, sua trajetória reflete dedicação, talento e uma conexão genuína com o público.
Este texto busca mergulhar um pouco na vida e a carreira dessa artista, desde suas raízes na Pensilvânia até suas conquistas globais.
Os primeiros anos e a dupla vida de atriz e cantora
Nascida em 11 de maio de 1999, em Quakertown, Pensilvânia, Sabrina Annlynn Carpenter cresceu em uma família que sempre apoiou seu amor pela arte. Filha de David e Elizabeth Carpenter, ela foi criada em East Greenville, junto com suas três irmãs mais velhas.
O homeschooling permitiu que Sabrina desenvolvesse sua paixão pela música e pelo teatro desde cedo pois seu tio, Nancy Cartwright, também era ator, o que trouxe ainda mais influência artística para sua infância.
Por volta dos dez anos, Sabrina começou a postar vídeos no YouTube cantando músicas de Christina Aguilera e Adele, esses vídeos ajudaram-na a ganhar confiança e a perceber que queria seguir uma carreira musical. Seu pai construiu um estúdio de gravação em casa para alimentar sua paixão, e aos 10 anos, ela participou do concurso “The Next Miley Cyrus Project”, organizado por Miley Cyrus, onde ficou em terceiro lugar.
Sua primeira oportunidade pintou na televisão em 2011, quando ela apareceu como convidada na série “Law & Order: Special Victims Unit”. Esse papel inicial ajudou a moldar sua confiança diante das câmeras e abriu portas para oportunidades maiores. No mesmo ano, ela performou na China durante o Hunan Broadcasting System’s Gold Mango Audience Festival, cantando “Something’s Got a Hold on Me”.
Em 2012, Sabrina teve um papel recorrente na sitcom da Fox, “The Goodwin Games”, ela também apareceu no filme “Horns” (2013) e gravou “Smile” para o álbum “Disney Fairies: Faith, Trust, and Pixie Dust”, inspirado na série de filmes Disney Fairies. A música chegou a ser tocada na rádio Radio Disney.
O grande salto veio em 2013, quando Sabrina foi escalada para o papel de Maya Hart na série “Girl Meets World”, spin-off do clássico “Boy Meets World”. Durante os quatro anos em que a série esteve no ar, ela gravou a música-tema ao lado de sua colega de elenco Rowan Blanchard. A experiência como atriz influenciou diretamente sua abordagem como cantora, pois aprendeu a contar histórias por meio de diferentes linguagens.
O Início da carreira musical
Enquanto atuava em “Girl Meets World”, Sabrina começou a gravar suas primeiras músicas e em março de 2014, ela lançou seu single de estreia, “Can’t Blame a Girl for Trying”, coescrito por Meghan Trainor. A faixa recebeu críticas positivas e intitulou seu EP de estreia homônimo, lançado em abril de 2014. O trabalho trazia letras sobre amor adolescente e autoconfiança, chamando atenção por sua simplicidade e autenticidade.
No mesmo ano, Sabrina contribuiu com vocais principais para a versão da Disney Channel Circle of Stars de “Do You Want to Build a Snowman?”. Ela também gravou “Stand Out” para o filme da Disney Channel “How to Build a Better Boy”, que estreou em agosto de 2014. Além disso, lançou seu primeiro single natalino, “Silver Nights”, consolidando sua presença no mercado musical.
Dos álbuns iniciais à maturidade artística
Com o tempo, Sabrina começou a se distanciar da imagem de estrela teen, seu álbum de estreia, “Eyes Wide Open”, chegou às lojas em 2015.
As faixas “Run and Hide” e “Thumbs” ganharam espaço nas rádios adolescentes e ajudaram a consolidar sua identidade artística, mas ainda era visto como algo complementar à carreira de atriz. No entanto, foi com os álbuns “Singular: Act I” (2018) e “Singular: Act II” (2019) que ela realmente começou a mostrar seu potencial como artista solo.
O single “Almost Love” surpreendeu muitos críticos pela melodia dançante e pela letra direta. Já “Exhale”, do segundo volume do projeto, trouxe uma mensagem clara sobre saúde mental e autocuidado. Muitos fãs relataram ter encontrado conforto nas palavras de Sabrina durante momentos difíceis.
Nos últimos anos, Sabrina expandiu sua presença no mercado global. O álbum “emails i can’t send”, lançado em 2022, recebeu elogios por sua abordagem introspectiva. Faixas como “Skin” e “Fast Times” mostraram um lado mais vulnerável da artista. “Escrevi essas músicas pensando em conversas que nunca tive coragem de ter”, explicou em uma live no Instagram.
Além disso, suas performances ao vivo começaram a chamar atenção. Durante a turnê promocional do álbum, Sabrina interagiu com plateias de diferentes países, reforçando sua conexão com o público.
Colaborações e influências musicais
Ao longo da carreira, Sabrina buscou inspiração em artistas variados. Ela mencionou nomes como Taylor Swift e Ariana Grande como referências importantes. No entanto, sempre procurou manter sua individualidade. “Não quero copiar ninguém; quero contar minhas próprias histórias”, declarou em entrevista a Rollin Stone.
Colaborações também marcaram sua trajetória. Recentemente, ela trabalhou com produtores renomados, como Ian Kirkpatrick, conhecido por hits de Dua Lipa e Anne-Marie. Essas parcerias ajudaram a diversificar seu som e alcançar novos públicos. Além disso, Sabrina destacou a faixa “Bed Chem”, do álbum “Short n’ Sweet”, como uma homenagem a Christina Aguilera, uma de suas maiores influências musicais.
Um dos momentos mais incríveis de sua carreira foi a colaboração recente com Dolly Parton na música “Please Please Please”, que foi indicada ao Grammy 2025. Essa parceria não só ampliou sua visibilidade no cenário country, mas também demonstrou sua capacidade de transitar entre diferentes gêneros musicais.
Short n’ Sweet e o estouro mundial
O álbum “Short n’ Sweet”, lançado em agosto de 2024, marcou um ponto de virada monumental na carreira de Sabrina Carpenter, consolidando-a como uma das principais artistas pop da atualidade.
O projeto estreou no topo da Billboard 200, com 362 mil unidades equivalentes vendidas apenas na primeira semana, e todas as suas faixas entraram no top 50 do Hot 100.
Singles como “Espresso”, “Please Please Please” e “Taste” não apenas dominaram as paradas, mas também quebraram recordes históricos: Carpenter tornou-se a primeira artista desde os Beatles a colocar suas três primeiras músicas entre as cinco mais bem posicionadas do Hot 100 na mesma semana.
Além disso, o álbum rendeu seis indicações ao Grammy de 2025, incluindo categorias como Álbum do Ano e Melhor Artista Revelação, com Short n’ Sweet levando o prêmio de Melhor Álbum Pop Vocal e “Espresso” conquistando o troféu de Melhor Performance Pop Solo.
Esses reconhecimentos elevaram sua visibilidade global e reafirmaram sua transição de ex-estrela Disney para uma artista respeitada no cenário musical, ampliando sua credibilidade tanto comercial quanto crítica.
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