Aaron Lewis declarou que se sentiu “enganado” pelo sentido real de “Born in the U.S.A.”, clássico de 1984 de Bruce Springsteen.
O vocalista do Staind, que há mais de dez anos também atua na música country, comentou o assunto durante entrevista a Tucker Carlson. Segundo Lewis, a faixa é “uma das músicas mais antiamericanas de todos os tempos”, embora muitos políticos a utilizem como hino patriótico. Ele afirmou que, por anos, atribuiu a Springsteen o papel de retratar a classe trabalhadora dos Estados Unidos, mas hoje considera essa impressão equivocada.
“Acho que foi uma demonstração de falta de gratidão pelo que lhe foi oferecido neste país”, disse o cantor, referindo-se ao sucesso alcançado por Springsteen. “Estou irritado comigo mesmo por não ter percebido antes.”
A crítica de Lewis ecoa discussões recorrentes sobre a interpretação da canção, escrita do ponto de vista de um veterano do Vietnã desiludido. O próprio Springsteen abordou a polêmica em 2021, no podcast que apresentou ao lado de Barack Obama. Na ocasião, explicou que a música pede ao ouvinte que seja, ao mesmo tempo, crítico e orgulhoso da nação.
“Born in the U.S.A.” permanece na cultura popular há quase quatro décadas, reforçando debates sobre patriotismo e descontentamento social — temas agora revisitados por Aaron Lewis.