Ace Frehley reuniu cinco passagens decisivas de sua trajetória em entrevistas ao Ultimate Classic Rock, mostrando por que o ex-guitarrista do Kiss continua fascinando fãs e músicos.
A primeira recordação volta a 1975, quando o álbum “Alive!” ganhou retoques de estúdio com o produtor Eddie Kramer. Entre fitas de efeitos de plateia e overdubs improvisados, Frehley diz que o resultado “capturou a explosão” do show que impulsionou o grupo.
Outra memória leva ao fim dos anos 60, quando ele faltou à escola para ver Who e Cream no mesmo dia. O jovem aspirante a guitarrista ficou “de boca aberta” com Pete Townshend arremessando a guitarra no ar, cena que o inspirou a criar um espetáculo teatral para o Kiss.
O músico também relatou possíveis encontros com OVNIs. Após acordar inconsciente na porta de casa e notar uma marca circular no gramado, passou a sonhar com visitantes extraterrestres — experiência que originou a faixa “Up in the Sky”, do disco “10,000 Volts” (2024).
Sobre sua influência no instrumento, Frehley mantém a modéstia. Ele atribui o timbre característico a uma Les Paul ligada a um Marshall no volume máximo e ao jeito de segurar a palheta, abafando a corda com o polegar para gerar harmônicos. “Os melhores solos são os que você pode cantarolar”, resume.
Por fim, o guitarrista relembra a decisão de deixar o Kiss no início dos anos 80. O destaque dado pela imprensa aos efeitos pirotécnicos, em vez da música, somado ao êxito solo com “New York Groove”, convenceu-o de que era hora de buscar autonomia artística, mesmo à custa de “milhões de dólares” — trocados, segundo ele, pela própria sanidade.